sábado, agosto 17, 2013
sexta-feira, agosto 16, 2013
quinta-feira, julho 18, 2013
sexta-feira, fevereiro 08, 2013
segunda-feira, dezembro 31, 2012
Here we go again!
Mais um instante de eternidade, mais percepção de velocidade.
Do comentário comum, não se tiram muitas qualidades,
Mas sempre sinto essa triste tendência de valorizarmos trivialidades.
Trivialidades especiais, trivialidades pouco banais.
Tentamos inventar, reinventar. Tentamos esquecer, às vezes, apagar.
Mas sempre, os anos insistem em passar rápido.
Mas sempre, não podemos nos esquecer, cada ano é novo.
Por isso repito, mais um de novo,
Não será agora que canso, Feliz ano novo!
terça-feira, novembro 06, 2012
Fantasmas
Vesti minhas lanças, impregnadas de curari
Cavalguei cem ou duzentos cavalos
Para enfrentar fantasmas
Fantasmas verdadeiramente doloridos
Assustadores e até mesmo insuportáveis
Muitas defesas se armaram, para diminuir as dores
Mas no final do dia, choveu.
(oxalá seja uma chuva úmida fértil e duradoura)
sexta-feira, maio 25, 2012
Marcha
sexta-feira, maio 18, 2012
Our way
And what else matters?
Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
And what else matters?
Trust I seek and I don't find in you
Every day there ain't nothing new
Closed mind for a different view
And what else matters?
I do care for what they do
I do care for what they know
I do care for what they say
I do care for what they think
(unfortunally)
But I know, or i don't
domingo, fevereiro 05, 2012
Heaven or hell?
Scared to fall asleep again
Incase the dream begins again
What a dream when will it end
And will I transcend?
Restless sleep the minds in turmoil
One nightmare ends another fertile
Getting to me so scared to sleep
But scared to wake now, in too deep
It makes me wonder it makes me think
It's not the fear of what's beyond
It's just that I might not respond
Too many things are evident
But wouldn't you like to know
The truth
Where would you end in Heaven or
In Hell?
Help me. Help me to find my true
Self without seeing the future
Save me, save me from torturing
Myself even within my dreams
domingo, janeiro 29, 2012
sutilezas...
A (...) poética utiliza mais adjetivos, é inexata e indireta. Por exemplo, a poesia, a música, dança, a arte ou um sonho, despertam em nós uma percepção mais profunda do que as palavras. No poético, ouvimos com a imaginação, mais do que com o intelecto. São sintéticos, aglutinam as coisas.
A linguagem poética abre uma perspectiva diferente para cada um, mas ao mesmo tempo é universal para todos. Ela responde à pergunta: O que está acontecendo? Uma resposta em perspectiva que nunca se fixa, mas que está sempre se aprofundando. É a linguagem das emoções e da beleza.
Percebemos mais do que entendemos.
(BURNS, folhas 20 e 21)
Marcadores: frase feita
sábado, janeiro 21, 2012
Tirando ondinha
Marcadores: endendeu?
sábado, dezembro 31, 2011
Todo dia é dia
Cada dia novo, trazendo novas e velhas boas novas.
Coisas que nos fazem sentir que estamos vivos a cada dia novo, de novo e de novo, trazendo para o hoje nossa única e pequena experiência de eternidade. No aqui e no agora. Sempre.
Feliz ano novo.
quinta-feira, novembro 17, 2011
Vivendo e aprendendo
quinta-feira, julho 28, 2011
sábado, julho 23, 2011
Back to Future
Marcadores: endendeu?, frase feita
terça-feira, julho 19, 2011
Margarina
-Não, claro que não!
-Mas todo mundo tá sempre sorrindo...
-Sorriso amarelo, que nem a cor do produto.
-Não é produto, tô te dizendo...
-Produto! Produto!
-É um alimento bom, combate o colesterol....
-Que mané colesterol! É produto. Se fosse bom não tinha anúncio. Ce já viu anúncio de manteiga?
-Lá vem você com seus argumentos exagerados. Daqui a pouco vai falar que suco de laranja não precisa de anúncio de novo...
-E você já sabe quanto a Coca-Cola gasta em marketing, né?
-É isso aí!
-Pois é. É a mesma lógica...
-Mas dessa vez você pegou pesado. O que tem a felicidade daquelas pessoas a ver com isso tudo?
-É a mesma felicidade do facebook....
-Ahahahahah... tu fumou o que? Também quero!
-Sério, me escuta... É uma exacerbação pirotécnica disso tudo!
-Pirotécnica? Era só o que me faltava....
-Escuta, calma...
-To tentando, mas tá dificil.
-Então... Ce já conheceu alguem ao vivo, pessoalmente, e depois foi ver o facebook dessa pessoa?
-Como assim? Claro porra! Tu não é conectado não? Plugged? Wired?
-Pois é. Ao vivo a pessoa tem espinhas, mal humor, olheras... No facebook é todo mundo bonito e feliz.
-Que nem na playboy né? Nenhuma mulé tem celuliete... E elas nem sabem que eu acho sexy!
-Acho que você começou a entender do que eu tô falando... Hoje o marketing é viral...
-Viral? Pra mim viral é gripe porra, ou poha, como queira!
-Pois é, hoje a personalidade é virutal e viral, ou seja, todo mundo inocula sua imagem no inconsciente pessoal de cada um, mas sempre considerando as variações do ID de cada um...
-Pópárá! Fala português e esquece esse seu psicanalês metido a merda!
-Opa opa, respeito!
-Ok, ok, foi mal, peguei pesado, mas vc também pega!
-Então, o que eu queria dizer é que temos que ter em mente a realidade e a sua expressão sob o ponto de vista subjetivo. Hoje é possível, graças à tecnologia, se ter uma vida de margarina de forma particular, peculiar e manipulável em um nível pessoal, mesmo sendo isso a síntese máxima da despersonalização.
-Como diria meu chefe, CARACOLES! Me dá do fumo?
-Você entendeu.... não me faz cara de bobo não...
-Chefia, passa a régua! O amigão aqui bebeu demais. Quanto deu pra cada um?
-Então, posso continuar?
-Desculpa aí, se espirrar saúde...
-Já pensou que hoje todo mundo pode ter a vida da margarina? Todo mundo feliz, rindo, bonito... Basta usar o photoshop...
-Eu não sei usar!
-Por isso que tu ta com essa careca cheia de cabelo branco.
-Obrigado pela parte que me toca... Mas o que tudo isso tem a ver com felicidade afinal?
-O que tem é que a felicidade não é constante nem eterna.
-Quanta filosofia barata...
-E hoje todo mundo tá sempre feliz. Isso faz uma pressão fudida do super ego sobre o ID, aumentando os conflitos, favorecendo os mecanismos de defesa e gerando angústias muito intensas.
-Super ego é aquela parada do Clark Kent e do Superhomem né?
-Isso é alterego... Você entendeu, para de merda.
-Quer dizer que neguinho fica escondendo o que é de verdade e por isso tem que tomar remédio?
-Viu como você entendeu?
-Entendi porra nenhuma. Isso é o que minha tia fala todo o dia e eu achei que caía bem aqui nesse papo de nerd.
-Seja o que for... Não há mais espaço para imperfeição. Não há mais espaço para medo, insegurança, que nem o comercial da margarina.
-E isso é ruim porque cara-pálida?
-É ruim porque a natureza humana não é assim...
-Natureza de cú é rôla! Deixa de ser depressivo. Tá lendo o alemão?
-Nietzsche?
-Alzheimer...
-Não é isso... Voltando ao facebook, as pessoas que você conhece e depois vê no face, ou vice e versa...
-Face? Tu tá muito moderno mermo... tá dando o rabo é? Vice e versa são aquelas pessoas que você conhece primeiro no "the face" e depois conhece ao vivo?
-"The face" não. Face...
-Que seja...
-Então, isso mesmo...
-Pois é, tu ta muito viado mermo...
-Pô, fala sério...
-Viado não, tu é um cara de vanguarda... Nunca conheci uma pessoa primeiro no "The face" e depois pessoalmente...
-Ok, você é um neandertal fora do seu tempo. Mas você notaria...
-Notaria o que? A perfeição que não existe? As vidas perfeitas, os melhores programas, bebida sem ressaca, cantada sem rejeição, sapato sem calo, almoço sem banheiro?
-Me poupe dos detalhes... mas é isso mesmo...
-É... E daí? Vai ver que as novas gerações estão melhor que as nossas?
-Melhor? Você acha mesmo que não tem, como é mesmo, almoco sem banheiro?
-É! Já deve ter remédio pra isso... E vai ver que as novas gerações sabem administrar melhor as velhas frustrações, com mais naturalidade, a ponto de não dar valor para elas, pode ser? Aprenderam uma nova forma de se relacionar e tiram proveito disso? Realizou?
-Falou bonito. Agora vou ter que pensar...
-Tá vendo? Vou pegar um chope e colocar um Ramones e enquanto isso...
-Enqanto isso o que?
-Enquanto isso você escuta The killers e toma um Prozac!
Marcadores: endendeu?
domingo, julho 10, 2011
quarta-feira, janeiro 19, 2011
Piegas, pero no mucho
sexta-feira, dezembro 31, 2010
Confortável? (ou viva a cigarra!)
De outra barrica um surdo de marcação
Com reco-reco, pandeiro e tamborim
E lindas baianas
O samba ficou assim."
Couro vibrando, cordas cantando. De uma mola, um instrumento. Sorrisos descontraidos contraindo as cordas vocais. Risos, alegria, coisas importantes na vida de qualquer um.
Mas... Pois é. O mundo não é assim. Afinal quem somos sem conforto. Acima de tudo, conforto. Conforto primitivo, físico. Elevador, ar condicionado, carros particulares, telefones celulares. Isso sim é sub-desenvolvimento.
No dia que esporro virar sorriso, que ameaça virar gentileza, ai sim poderemos andar numa direção única.
Por enquanto, o bacana é poder comprar carro de luxo, mesmo que seja usado por apenas uma pessoa. O bacana é trabalhar no fim de semana, sem poder dar um sorriso. O bacana, é ser pessimista e reclamar de tudo, da vida, a todo instante.
Quem samba, é vagabundo. Quem sorri, é bobo, inocente, imaturo.
O mundo, um dia, ainda vai pagar mais aos músicos que aos engenheiros, aos pintores que aos médicos, aos artistas que aos advogados.
Um dia um sorriso vai valer muito.
Um dia um passo vai valer muito.
Um dia iremos perceber que tudo é importante.
Um dia iremos perceber que um não existe sem o outro.
Um dia veremos que os pesos são iguais.
E ai sim poderemos estar falando de desenvolvimento, de sustentabilidade. Ai sim poderemos discutir valores de verdade. Valores humanos de verdade.
Feliz novo ano novo!
"I wouldn't even trust you
I've not got much to give
We're dealing in the limits
And we don't know who with
You may think that I'm out of hand
That I'm naive, I'll understand
On this occasion, it's not true
Look at me, I'm not you.
Just wait till tomorrow
I guess that's what they all say
Just before they fall apart."
domingo, dezembro 26, 2010
sexta-feira, outubro 08, 2010
Cavalgando
Firmeza, sensibilidade.
Aos poucos começam a conversar
E em seguida a dançar.
O chão canta, as vezes empoeirado
Em outras bem amassado.
Rédea curta, pés abraçados
Trotes firmes e galopes inesperados.
Conforto, muito gosto, lembranças fortes de alguma forma presentes. Sangue.
De cima de vê tudo. De cima se sente tudo. De repente umas poucas gotas de água amansam a aridez do deserto.
E o caminho continua, sincronizado.
domingo, outubro 03, 2010
sábado, outubro 02, 2010
sexta-feira, outubro 01, 2010
quinta-feira, setembro 30, 2010
Humahuaca (ou lei do mais forte)
Comemos quinua, vimos artesanato em tecido e cerâmica, ruínas pre colombianas, agricultura Inca, musica local, carnaval, poesias, artesanato dado por pobres junto com o endereço do artesão, na confiança de receber algo em troca na caixa postal e muito mais coisas que não se consegue gravar na memória consciente. A impressão é que aqui o mundo ainda é inocente.
A natureza sempre junto, sempre forte: rios secos atravessados por pontes largas, montanhas multicoloridas gritando para sair da terra. Muito forte.
O que marca mais são as semelhanças com os povos do Peru e Bolívia (exceto pela inocência, que para eles deve ter partido depois da dignidade). Era para ser um único país, mas os espanhóis se encarregaram de distribuir destruição para poder aumentar seus lucros. Na natureza é assim mesmo. E o ser humano não me parece ter como escapar desse carma. A lei do mais forte sempre se faz valer. Só nos resta agora descobrir quem o é.
Férias? (ou Relax babe)
quarta-feira, setembro 29, 2010
Que nada!
Salta
domingo, setembro 26, 2010
Inerente?
domingo, setembro 05, 2010
Preciso me encontrar(?)
e principalmente no que não se precisa dizer."
sexta-feira, agosto 13, 2010
quinta-feira, agosto 12, 2010
Paz e trabalho
"Essa pergunta é fácil. É o trabalho que tenho que fazer e a paz em minha mente"
domingo, agosto 08, 2010
E agora? Coriander! (ou Qual o ponto? ou Eu preferia a moqueca)
Mas como o filé de badêjo (ou badéjo?) estava bonito, acabei trazendo junto com uns camarões.
E agora?
Abri na pia, lavei com limão, temperei com o saralho turbinado (amassado de alho, sal, tomilho e sálvia). O camarão foi lavado com limão e temperado com saralho tradicional.
Foi o tempo de lavar a alface, rúcula e rabanete orgânicos que as moscas começaram a rondar. Peixe = mosca. Mesmo que se esteja na Sibéria. Não tem jeito.
Daí vem a parte difícil. Grelhar o filezão. Frigideira, óleo e azeite. Antes tire do varal toda a roupa que houver e feche a porta da cozinha. Vai por mim...
Óleo quente, peixe borbulhando. Panela queimando... quente demais... baixa o fogo... peixe ensopando... frio demais... vira o peixe... branco demais... nao grelhou direito. Outro filé e a dança se repete. Um dia ainda aprendo...
No óleo que sobrou (tinha muito... um dia aprendo) e na mesma panela, foi a cebola em rodelinha fina. Depois fogo alto: Camarão! Doura de um lado, Doura do outro. Um pouquinho de conhaque (coisa fina mermão!) com fogo alto. Aquela flambada de chamar os bombeiros (Cuidado... inclusive com a coifa) tampa, deixa soltar o suco (coisa de ...) e pronto. Só não pode deixar o camarão ficar demais, porque se não ele emborracha.
Pra acompanhar apelamos para o arroz de ontem, incrementado com castanha de caju picadinha (aquela de por em cima do sorvete) devidamente aquecida (pra ficar crocante).
Marcadores: cozinha
sexta-feira, junho 11, 2010
sábado, junho 05, 2010
Caos
segunda-feira, maio 31, 2010
Lava
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão palavra cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão
Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado"
Marcadores: musicado
sexta-feira, abril 09, 2010
Here comes the sun
And I've been doing just fine
Gotta gotta be down
Because I want it all
Little darling, it's been a long cold lonely winter
And I say it's all right
It started out like this?
Now I'm falling asleep
And she's calling a cab
And she's taking a drag
And my stomach is sick
And it's all in my head
Little darling, I feel that ice is slowly melting
Let me go
And I just can't look it's killing me
And taking control
Jealousy, choking on your alibis
But it's just the price I pay
Destiny is calling me
Open up my eager eyes
'Cause I'm Mr. Brightside
I never
I never
I never
I never
And I say, it's all right,
always, isn't it?"
Marcadores: musicado
Deliciosamente Leve
Marcadores: projeções
quinta-feira, abril 08, 2010
Infelizmente varreu
Marcadores: musicado
quarta-feira, fevereiro 17, 2010
Ser
Marcadores: projeções
sexta-feira, janeiro 29, 2010
domingo, janeiro 10, 2010
sábado, janeiro 09, 2010
Promete...
Marcadores: endendeu?
terça-feira, janeiro 05, 2010
(Não) Vai passar
O ano novo, por mais incoerente que possa parecer, não me faz sentir meu mundo sendo vorazmente devorado. Ao contrário. Me dá a impressão que tudo está começando de novo, do zero. Me faz sentir que tudo é possível no meu otimismo inocente. Talvez por isso seja minha festa predileta.
Mas o fato é que a década passou. E passou voando. Lembro claramente as especulações sobre o ano 2000, sobre o milênio que chegava ao fim. E hoje eu reparei que isso tudo que estava logo ali estava na verdade dez anos além desse alí.
Mais uma vez, só nos resta brindar! Feliz ano novo!
Marcadores: endendeu?
segunda-feira, dezembro 28, 2009
Curtura
Outro ponto bacana de ver, nesse caso mais para a sessão cinema, é como recebemos guela a baixo as traduções dos títulos. Alguns são bem bolados e até melhoram o original, pois não temos traduções literais adequadas. Mas chamar Little Manhattan de ABC do Amor já é demais...
Somando tudo, o que eu vejo mesmo é que a qualidade dos textos do blog (tanto linguisticamente como de conteúdo), que nunca foi lá essas coisas, fica abaixo da crítica quando se está lendo pouco. Esse é o caso dessa publicação. E quanto mais eu escrevo, pior fica. Melhor parar enquanto há tempo.
domingo, dezembro 06, 2009
domingo, outubro 04, 2009
Pé na lama
Marcadores: policia
quarta-feira, setembro 23, 2009
Mera consequência
Marcadores: projeções
Welcome to the jungle
"Psychico spies from China, Little girls from Sweden and lots of dreams of silver. In the Edge of the world, The sun may rise. If not at least it settles!
Pay your surgeon to break the spells... First born, hard core, soft porn, Dream of, Dream of...
Marry me girl, be my very own constellation. Be my teenage bride with a baby inside, buy me the final frontier."
Marcadores: musicado
segunda-feira, setembro 07, 2009
O Importante (ou Feliz, ou Essências, ou Valor, ou o óbvio: Pés no chão)
calda derrama, roupa manchada, vai ser mais motivo de velha risada,
fala vai fácil e vem da cozinha, há sempre argumentos sem reclamação.
Ordem posta na casa, pés pisando no chão.
Dez dedos ariscos na sala, passeiam pelo violão,
uns poucos acertam o ritmo, outros tantos perdem o tom,
cantigas de campo e boas toadas, cirandas, forró, e um velho baião.
Pouca gente reunida, pés pisando no chão.
Voam os primeiros versos, às vezes esquecidos no porão,
papel apagado e memória curta, fazendo frases sem conexão,
mais risadas, chacotas, piadas, ningém leva pela contramão.
Verde viento. Verdes ramas, pés pisando no chão.
Lá fora orvalho, avós e crianças, calças molhadas, sentadas na grama,
jabotiacaba no pé, amoras na terra, sobram goiabas e algumas pitangas,
se faz o silêncio, olhos abertos, voa o canário, "descobrimos o ladrão".
Sorrisos desconcertados, pés pisando no chão.
Pés pisam no chão, pés simples, firmes.
Pés pisam no chão, levam o filho pra escola.
Pés pisam no chão, caminham pela feira molhada.
Pés pisam no chão, "bom dia camarada".
Pés pisam no chão, fazem o próprio caminho. Andam nas mesmas sandálias. Sandálias velhas. Surradas. Firmes. Previamente experimentadas. Seguindo exemplos, trilhas não necessáriamente faladas. Sandálias que aprenderam o que deve ser ensinado. Certamente escorregaram, porém mais firmes ficaram.
Pés pisam no chão. Pés correm pelo chão. Firmes. Pés pisam no chão.
E as asas se abrem para o infinito da vida.
Marcadores: rimou?
segunda-feira, agosto 10, 2009
quinta-feira, agosto 06, 2009
Waiting patiently
Mr. Postman look and see
If there's a letter in your bag for me
I've been waiting a long, long time
(...)
Oh, there must be some word today
(...)
Please, Mr. Postman look and see
If there's a letter, a letter for me
I've been standing here waiting
Mr. Postman, So patiently
For just a card, a little letter
(...)
So many days you've passed me by
Oh, see the tears running in my eyes
You never stop to make me feel better
By leaving me a card or a letter
Oh, Mr. Postman, oh, look and see
There must be something for me
Oh, it's been too long
You've gotta wait a minute, just wait a minute,
Oh, check it and see just one more time for me..."
Marcadores: musicado
Quer saber?
O que fica disso tudo, é que todos somos humanos, todos erramos e o importante no final das contas é saber como viver. É saber viver. Saber, ou tentar. Aprender, se esforçar.
E quando ficamos sem poder fazer nada, sofrendo, angustiados, o que fazer? Quais perguntas podem ficar sem resposta? O que fica sem solução? Quer saber?...
Marcadores: endendeu?
Blog
sábado, julho 11, 2009
Louisiana
Way back up in the woods among the evergreens
There stood a log cabin made of earth and wood
Where lived a country boy named Johnny B Good
Who never ever learned to read or write so well
But he could play the guitar just like ringin a bell
Go, jonny. Go, go, be good Johnny B. Good!
He used to carry his guitar in a gunny sack
Or sit beneath the tree by the railroad track
Oh an engineer could see him sitting in the shade
Strummin' to the rhythm that the drivers made
People passing by they'd stop and say
Oh my but that little country boy can play
His mother told him some day you will be a man
And you will be the leader of a big old band
Many people coming from miles around
And hear you play your music till the sun goes down
Maybe someday your name gonna be in light
Sayin' Jonny B. Good tonight.
Marcadores: musicado
sábado, maio 02, 2009
Filosofia barata
-Não se cansa de ficar parafraseando famosos?
-Claro que não. É única forma que ainda encontro de te impressionar.
-Não me vendo tão baratinho não meu querido. Gosto de originalidade. Qualquer um encontra citações de Nietzsche nos sebos.
-Sartre. Foi na Internet.
-Whatever, aposto que você nem sabe soletrar.
-Dáblio, hagá, á, tê...
-Nietzsche... Nietzsche...
-Não sei falar alemão. Me ensina?
-Você sabe que eu não sei... Mas isso comprovou minha teoria!
-Tudo que sei é que nada sei... Mas em tempos de Google soletrar não é vantagem nenhuma...
-Lá vem você de novo com seu conhecimento barato...
-E você com seus cursinhos pseudo-intelectuais do Parque Lage. São metidos, mas tenho que confessar que te acho mais sexy com eles.
-Não tenho essa pretensão.
-Pois é. Mas voltando às vacas frias, porque você fez aquilo então?
-Já te disse! Não pretendia. Sei lá, minha gama de escolhas era muito vasta! Não sabia como me decidir. Fui meio que forçada.
-"Meio que"... Sei... Escuta: É melhor vencermo-nos a nós mesmos do que ao mundo.
-Ridículo! Ser pernóstico não pertencia ao rol dos seus defeitos. Qual livro do Sartre você está lendo? Que saco!
-Obrigado pelo elogio. Palavras bonitas. Pernóstico, rol. Vou olhar na Internet pra ver o que significa. E é Descartes...
-Que seja! Só sei que não foi culpa minha. Foi tudo armação dele!
-Quando um dedo aponta para frente, outros três apontam de volta para trás...
-Essa é de auto ajuda!
-Mas é boa do mesmo jeito.
-...
-...
-É... Dessa vez você tem razão.
-Sempre.
-Convencido! Outra boa pra isso é: O importante não é aquilo que fazem conosco, mas o que nós fazemos com aquilo que fazem conosco. Essa é de Sartre também...
-Excelente! Profundo! Cursinho de existencialismo humanista é?
-Sim.
-Com aquele professor esquisito?
-Pois é. Aquele velinho. Até conversei com ele sobre isso...
-Ele é baitola. O que ele disse?
-Quanto preconceito babaca... Ele falou uma coisa muito legal. Acho ele muito inteligente... Eu jamais conseguiria pensar daquela forma...
-O que ele disse afinal?
-Que eu não devia condenar, pois não tinha maturidade. Mas falou de uma forma bacana.
-É fácil para um jovem, que não teve tempo de fazer o mal, condenar.
-Como assim? Você tava lá? Como você escutou? Tá me seguindo agora é?
-Não querida, não... Foi a Rainha Clitemnestra. As Moscas, primeiro ato, cena quatro.
-Shakespeare?
-Sartre, de novo.
-Desisto, você venceu! Uma cerveja?
-Só tem chopp. Desce dois. Desce mais. Pede uma porção de batata frita!
-Essa eu sei! Evandro Mesquita, Guto, Barreto e Zeca Mendigo. Blitz!
Marcadores: frase feita, musicado
Mudanças e andanças
Foi bonito ver, no meio de tanto caos, sorrisos brancos renascendo dentro das paredes amarelas.
Marcadores: endendeu?
quarta-feira, março 18, 2009
Complexo de Americano
Americano, Americano
In Paris or Napoli
You wanna be Americano
Americano, Americano
In Japan or Italy
I'd like to spend my cash
I'd like to be first class
I'd like to be on top
And I never gonna stop
I started washing dishes
Now I'm flipping blue chips
I only eat delicious
Always kissing two lips
A true VIP
Tell me what's your price
You wanna sue me?
I will sue you twice!
You can be a movie star in a Cadillac
Who shot the rocket to the moon and back?
Where do you get from the bottom to the top?
And where do you shop nonstop?
I'd like to spend my cash
I'd like to be first class
I'd like to be on top
And I never gonna stop
I'd like to spend my cash
To be first class
I'd like to be on top
I patrol the streets in my AMG Benz
Now come on over, baby
Listen, I set the trends
I got a lot of shares
I multiply my money
I'm asking you who cares
My life is full of money
You can be a movie star in a Cadillac
Who shot the rocket to the moon and back?
Where do you get from the bottom to the top?
And where do you shop nonstop?"
Marcadores: musicado
segunda-feira, março 02, 2009
De bar em bar
Vai na fé tio!
Marcadores: frase feita
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Peixe e barro
A simplicidade é um dos melhores temperos. Fica ruim não... O silêncio não deixa enganar...
Marcadores: cozinha
segunda-feira, dezembro 22, 2008
Fim de ano é sempre assim... mas as vezes eh mais assim do que sempre...
Mas o blog tem se prestado ao que se propunha: uma grande privada toda vomitada...
E isso tudo que eu estou escrevendo agora é apenas para não deixar passar em branco, porque de branco já passo eu na virada do ano, na melhor das festas, no mais marcante feriado do ano, todo ano. No fundo no fundo, tá mesmo sendo é difícil de escrever qualquer coisa mais interessante do que isso, porque não estou "introspectivo" nem bêbado.
Portanto, feliz ano novo, que o ano que vem não sirva apenas para reafirmar a incapacidade individual de realização de ideais de cada um de nós. (tá parecendo uma reza... mas reza só vale depois de tomar muito uísque e champanhe na beira do mar na virada do dia 31).
E um brinde!
É Natal.
Alta dose de afeto, de carinho, de amor à vida. Vida simples, mas reta. Vida calma, discreta. Vida vivida, dividida. Preste atenção: vida rica.
Vida de quem tem amor por viver, da sabedoria simples que tanto tem feito falta ao mundo nesses tempos modernos. Tão pouco contato, e tanta identificação. Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Ainda bem.
Tudo tem um valor infinito, incomparável. O colchão, para a amiga. A caneca para a fiel escudeira. A prima vai ficar com a mesa da sala. Tudo anotado no pedacinho de papel. Impossível conter o choro. Tudo celebrado. Pronta para partir, apesar de toda a dor. Acho que vai ser bom. Vai ser bom o descanso, melhor ainda o reencontro.
Não tenho dúvidas. Melhor não ter, mas nem sempre dá pra reprimir orvalhos de insegurança.
domingo, dezembro 14, 2008
Percepção alterada
Uma mão se aquecia no bolso e a outra se prendia ao filtro do cigarro. A fumaça agora serpenteava suave pelo ar límpido daquela noite. O inconveniente era o cheiro. Eu deveria saber. Minha mão não se livrara tão ilesa quanto pensei. Era inevitável. Ao aproximar a mão do rosto em cada tragada, mesmo que rápida, o odor característico me remetia àquele momento. Em seguida, para me confortar, o sabor cremoso do tabaco invadia meus pensamentos. Precisava me livrar deles. Olhava o céu entre os prédios, me concentrando para esquecer.
O vento gelado surrava minha pele. Não era normal para o mês de Dezembro sob o Trópico de Capricórnio. Minha mão esquerda não saía de dentro do bolso morno. O casaco surrado era de estimação. Meu pai estava vestindo quando entraram lá na fazenda e, segundo ele, trouxe sorte. Nunca acreditei muito em sorte, mas fato é que nunca foram muito comuns as visitas de João, o matador amigo da família. Talvez no ponto de vista do capataz o casaco tenha trazido azar. Mas é assim mesmo, regra da vida: uns com tanto, outros com tão pouco. Frase dita por ele mesmo enquanto o resto do seu sangue vazava pelo ralo da cozinha. Quem sou eu pra desdizer defunto. Ainda mais defunto de matador. Lembro que ele morreu com um sorriso no rosto por ter salvado a pele do velho. Tudo bem que João nunca soube da gravidez da filha do coronel, mas isso é outra história. Meu pai, aliás, não foi testemunha da cena. Demoramos quase 3 horas para encontrá-lo tremendo e rezando, agachado no fundo da caixa de esgoto. Talvez seja por isso que esse casaco ainda tenha esse cheiro de merda. Memórias a parte, sempre gostei do ar fresco, desde a infância, apesar de não me lembrar muito dela. Principalmente nas noites frias como aquela o ar gelado faz tudo parar. Tudo endurece, exceto o sangue que corre mais fluido. Quando o ar está frio, as estrelas ficam mais nítidas, mais brilhantes. Naquele momento estavam tão brilhantes que mesmo ao fechar os olhos para pensar no que havia se passado elas continuavam marcando a minha retina. Já não sabia ao certo se eram realmente as estrelas ou se era ainda aquele momento fatídico que insistia em se manter vivo em meus olhos. Tudo que sei é que as marcas na retina ainda me acompanhariam por muitos anos. Entre os telhados, esgueirava minha visão a procura de vestígios de lua. Seu branco pálido escorria pelo negro do céu, mas não chegava a se derramar na minha pupila. Talvez fosse o que eu precisava para poder apagar tudo com um clarão, com a famosa cegueira branca que assolava o país. Mas de nada adiantava. Só haviam se passado alguns minutos e o relógio ainda insistia em não girar. Os minutos seguintes sempre são assim. Pena que só me dei conta disso muitos anos mais tarde, no dia em que tive que me deparar com o gordinho da Farani. Minha ansiedade aumentava, principalmente quando percebi que aquele era o último cigarro do meu maço. Naquela vizinhança decrépita não seria simples encontrar algum vendedor de outro pacote de felicidade. Daquela vez eu não poderia simplesmente pagar para apaziguar minha tensão, transformando-na em vapores fúteis para se dissiparem na atmosfera.
Apesar de não esperar que ocorresse tão prontamente, não cheguei a me surpreender com o tapa no ombro. Era inevitável. Mesmo que tivesse me surpreendido, negaria. Não pega bem. Mas o inegável é que nessas ocasiões o tempo, que já fluía lento, parece parar. Uma profusão de impulsos passaram pelo meu sistema nervoso periférico. Meus pelos se arrepiaram. Respiração se alterou. Temperatura corporal aumentou, me fazendo sentir um calafrio. Dava pra sentir a adrenalina viscosa se lançar por minhas artérias. Como é bom se sentir vivo. Acho que esse é o meu vício. Com o hormônio atuando eu era Deus. Percepção alterada. Foi fácil escutar a respiração do meu interlocutor. Dei mais uma tragada e me virei sem tirar o cigarro da boca, dissimulando as proporções que o evento assumira em minha mente. O sujeito estava com um casaco preto, ou alguma cor escura. Não me perguntem sobre cabelo, olhos, cor da pele ou outro traço que não seu bigode amarelado. Melhor assim. A nicotina estava entranhada nos pelos da sua boca e dada a posição e intensidade da mancha não foi difícil deduzir que o sujeito era canhoto, apesar de ter me abordado com a mão direita. A luva grossa que cobria sua mão esquerda quase não aparecia graças à manga casaco, longa demais. O que ele empunhava? Impossível saber. Ele falou qualquer coisa. Não me preocupei em tentar entender. Para ser sincero, já não importava. Eu só conseguia perceber os eventos que queria. Não tirei a mão de dentro do bolso, Percepção alterada, sem dúvidas. Brilho forte, como três relâmpagos seguidos, secos. Silêncio profundo.
Procurei conforto nos olhos da senhora do isqueiro, mas tudo que eu conseguia ver era o céu estrelado. Fiquei assim por um tempo. Enfim consegui fazer uma respiração profunda, que veio com muita fumaça. O cigarro ainda estava entre meus lábios, ligeramente amassado, mas aceso. Sempre. Sentia um calor irradiando. Algo asqueroso escorria por cima de mim. Comecei a sentir os rostos se aproximarem num círculo em volta do circo. As feições estavam paralizadas. Enfim reconheci minha única amiga. Íntima, apesar de desconhecida. A senhora estava pálida. Seu isqueiro, no chão. Cuspi o cigarro. Puxei o ar e fiz força para me desvencilhar daquele corpo caído por cima de mim. Sentei-me. Avaliei o estrago no meu casaco. Dessa vez não teria como remendar novamente o bolso. Bati a terra e me levantei. Vi o maço ainda cheio no chão. Um cigarro estava para fora, provavelmente para que eu acendesse. Consegui demonstrar tranquilidade quando abaixei-me para pegá-lo aos pés do homem de bigode que ainda estava de bruços. Aproximei-me da senhora. Abaixei-me novamente, dessa vez para pegar o isqueiro. Era amarelo, desses baratos que se compra em qualquer banca de jornal ou em botequins de terceira categoria. Devolvi em suas mãos sem fitá-la diretamente nos olhos. Naquela época eu ainda guardava esses traços de pudor. Somente nessa hora ela notou que eu tremia. Sem querer ela tornara-se minha cúmplice. Dessa vez não acendi, mas agradeci. Avancei pelas sombras mesmo sabendo do clichê. Não olhei para trás.
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sábado, dezembro 13, 2008
Sonhar não custa nada ou 'Le Monde Fabuleux' (Les temps sont durs pour les rêveurs..)
"Eu não gosto quando nos filmes americanos os motoristas não prestam atenção na estrada."
"- Ela está apaixonada
-Eu nem a conheço!
-Oh, você a conhece.
-Desde quando?
-Desde sempre. Em seus sonhos."
"-Ela gosta de estratagemas, não?
-Sim.
-Ela é um tanto covarde. Por isso que eu tenho dificuldades de desvendar seu olhar."
Sonhar não custa. Encontrar a realidade, como custa. Poesia, alegria, tristeza, bom humor e muita sensibilidade. Tudo isso com um cenário espetacular. Filmaço. Não tem como não gostar.
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segunda-feira, novembro 17, 2008
Mexidão (ou Vinho e Polvo)
O prato combinou combinou com o astral. Ingredientes diferentes. Pouco espaço. Levemente apimentado. Tudo misturado... Mas ainda cabia muito mais... Como varia muito, não tem certo ou errado...
Carnes:-Frango a passarinho ou coelho (cuidado pra não comprar temperado, que estraga tudo!) - 0.5 Kg,
- Lombinho (da próxima vez eu ponho a tal da Costeleta de porco, como haviam me sugerido... deve ficar mais macio) - 0,5 Kg,
- Camarão médio - 1,5 Kg e grande (um pra cada pessoa)
- Polvo - 1,5 Kg
- Lula - 0,75 Kg,
- Lagosta (opcional),
- Vongoli ou mexilhão (cada vez mais difícil, só presta o congelado e mesmo assim cheire...) - 0,5 Kg,
- Peixe de carne firme (opcional, usei corvina de aprox 1 Kg e recortei o filé),
- Toucinho/Bacon (pouco)
- Pimentão vermelho, amarelo e verde,
- Vagem macarrão - 0,5 Kg,
- Ervilha (1 saco de caroço congelado),
- Alcachofra (usei 3, o coração e as folhas raspadas. Deixou gosto forte).
- Ovo cozido,
- Cebola normal e roxa - 4,
- Alho - uns 2 1/2,
- Tomate (opcional, uns 6 picados),
- Arroz, claro...(uma colher para cada convidado, mais uma sobrinha (uns 15%). Não pode ter muito arroz porque se não parece que está se economizando nos frutos do mar.
Dizem que faz toda a diferença a ordem de refogar as carnes... que tem que tomar cuidado na manipulação, que exige muito cuidado... Não fiz nada disso e todos (repito, todos) repetiram pelo menos dois pratos cheios. Como um amigo falou, trata-se de um prato "rústico", seja lá o que isso queira dizer. Acho que quer dizer que não importa muito as frescuras, ele sempre ficará bom...
Passa as carnes antes no óleo para dourar, junto com o toucinho. Pode ser cada ingrediente por sua vez ou juntando alguns, deixando dourar com cuidado para não queimar a panela, pois o ideal é depois preparar a Paella na mesma panela onde refogou os ingredientes. Depois na mesma panela refoga as vagens, a cebola o alho. O pimentão você queima a casca antes ate ficar preta e raspa fora, a moda dos espanhóis. A alcachofra (coração da) frita à milanesa para não ficar preta. Depois de tudo refogado, retira da panela e separa. O macete para refogar é tentar agrupar as carnes por firmeza/tempo de cozimento.
O polvo, tem que ser cozido antes de refogar. Aliás o polvo é um capitulo a parte. Deve ser comprado inteiro sem cortar. Isso é importantíssimo! Lave bem (sempre tem areia). Cozinhe inteiro com uma cebola média. Quando a cebola estiver macia ao garfo, o polvo está pronto. Se cozinhar de menos ou de mais emborracha. Retire, espere esfriar e corte em pedaços grandes.
Depois refogue como disse acima. Polvo bom costuma ter na barraca do Jorge, na feira da Paulo Barreto. Ele é que me explicou que não se pode cortar o polvo antes.
Refoga então o arroz da forma normal, com azeite do bom e cebola. Antes, o arroz foi bastante lavado, até a água sair transparente, e bem escorrido.
Em seguida, vai colocando os ingredientes já refogados um a um. Coloca a água (bastante, o ideal e que não fique seco como um arroz comum, e sim com um pouco de caldo). Essa água foi na verdade o caldo de peixe (cabeça do peixe e cascas do camarão fervidos) junto com o caldo do polvo e com o açafrão (uns 6 pacotinhos). O caldo entra já fervente. Dosa o sal. Arruma os camarões grandes, com tiras dos pimentões vermelhos e rodelas (metades) de ovo cozido) na panela. Salsa e cebolinha picadas. Joga mais azeite por cima. Ah...algumas azeitonas das boas. Tampa e deixa cozinhar em fogo baixo.
Tem que ir provando. Deve tampar mas, deixando uma beira para escapar vapor e não derramar no fogão. Se secar é porque o cozinheiro não entende de Paella, como no meu caso. Bote mais caldo fervente. O arroz e a penultima coisa. A ultima claro, é a agua. Antes ponha todos os ingredientes
Desse jeito aí comeram bem, repetindo, umas 17 pessoas. Só teve uma salada acompanhando, além, é calro, do vinho branco com queijo. O macete de deixar todo mundo com fome antes funcionou de novo...
E cada vez mais me convenço que quem não está ajudando, não pode ver a preparação. O polvo mesmo, coitado, arrancou infinitas caras de nojo quando ainda estava fresco. Depois de cozido, porém... Foi devorado em questão de segundos.
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quinta-feira, novembro 13, 2008
Ego (ou Para onde vamos? ou Até quando?)
É um pouco longo, mas é indispensável.
Marcadores: projeções
segunda-feira, novembro 03, 2008
Doutor?
-Sim. Manda dois patrão.
-Ainda bem que dá pra beber tomando essa parada aí.
-Pois é...
-Tá se sentindo melhor?
-Tô... fico um pouco mais ansioso, mas acho que é normal.
-Sei.
-Mas é fraquinho né não? O médico disse que é remedio pra criança, sabia?
-É um remédio antigo. Era muito usado com crianças, mas hoje o panorama no TDAH mudou muito. Dispor de um remédio como a Ritalina é um avanço inegável. Mas o "sossega leão" tem um lado perverso: o dos excessos. Os pais tão acusando as escolas de rotular suas crianças de hiperativas indiscriminadamente, antes mesmo de obter um diagnóstico médico. Pais impacientes andam utilizando também o diagnóstico de hiperatividade como desculpa para entupir seus filhos de remédio e mantê-los, dessa forma, sossegados. Tanto é assim que o medicamento foi batizado de "droga da obediência".
-Obediência? Sinistro... Vê uma porção de pastel de camarão aí meu camarada? Tu come camarão, não come?
-Sabe como age?
-Sei que é no cérebro. Deixa mais ligadão... Nunca mais esqueci o frango no forno ligado e saí pra trabalhar depois...
-Ela atua no lobo frontal.
-É pra quem é agitado né? Dizem que tem neguinho aí moendo pra cheirar... Deve dar mó onda.
-É indicado pra quem tem TDAH. Neurônios noradrenérgicos localizados no córtex pré-frontal estimulariam esta região a processar estímulos relevantes, inibir estímulos irrelevantes e restringir o comportamento hiperativo. Logo, sua disfunção traria dificuldades de atenção e a droga atua justamente equilibrando isso. Seu mecanismo de ação é o estímulo de receptores alfa e beta-adrenérgicos diretamente, ou a liberação de dopamina e noradrenalina dos terminais sinápticos, indiretamente.
-Pô, depois de todos esses anos ainda não sabia que tu era médico.
-Não. É que eu também também uso.
segunda-feira, outubro 06, 2008
Vai com Deus (ou "The Winners Loses)
-Claro, calma...
-Calma o caralho! Vou estorar seus miolos praybói feladaputa!
-Oquei. O que você quer? Quer o carro?
-Não feladaputa. Dá o dinheiro! Todo!
-Toma, leva a carteira...
-Carteira de cú é rola! Só quero o papel praybói!
-Claro, toma. Tem bastante.
-Todo! Todo! Tá surdo feladaputa???
-Já lhe entreguei tudo que tenho, agora deixa eu ir...
-Ir é o caralho! Quero seu telefone!
Mente pensando: Telefone... 2426-7127? Pra que ele quer meu número? Será que ele vai lembrar de mim no dia seguinte? Aiiii... tomara que lembre....
-Vai logo praybói...
Mente pensando: Give me your money or give me your life! You better empty your pockets because ya, ya don't live twice. Nos momentos de tensão normalmente nos lembramos de nossa juventude.
-Ah claro, aqui está meu celular...
Momento de tensão. Talvez meu aparelho esteja "demodê"... Foda-se... seja o que Deus quiser...
-Obrigado irmão. Vai com Deus...
- ...?
- ...
Minutos depois na delegacia, a menos de 500 m.
-Melhor deixar pra lá... As coisas vão e vêm... a vida é uma só... mas não esquenta que eu vou passar um rádio para deixar as viaturas cientes do elemento atuante na região...
- ...!
Quais as nossas responsabildades perante a vida? Em todos os sentidos? A nossa e a dos outros? Todos os outros?
Vista Maravilhosa
- Lê direito aí no guia porra...
- Parece que é. Diz que o bar oferece vista panorâmica dessa privilegiada cidade.
- ...
- ...
- Mas diz mesmo aí que a vista é maravilhosa?
- Talvez depois de uns três 'pints'...
- Então bora começar!
- Sabe o que é pior?
- Vou pedir. Tu vai querer também?
- É que deve chegar um monte de brasileiro aqui...
- Quer ou não? Responde ô porra...
- Até carioca mesmo, que tem a vista lá do Corcovado todo dia, e lê no guia e por causa disso sai espalhando que a vista é maravilhosa mesmo...
- Podescrer... Se bobear nego até escreve isso no jornal...
- É... Acho que isso que nego chama de complexo de inferioridade!
quarta-feira, agosto 27, 2008
Cru
O Arroz é simples.
Porque nunca acertamos as proporções?
Da próxima vez vou encomendar na vendinha.
Marcadores: cozinha
domingo, julho 27, 2008
Avisa a Zel (ou coisa de gente)
Cara de gente.
Já chegou assim.
Cheio de pose,
com cara de gente.
E chegou bem,
resgatando um monte de coisas importantes.
É o primeiro,
não tem cara de joelho.
Nasceu diferente,
tem cara de gente.
Cara de gente é assim:
O pai, tem pose de filho.
O avô, tem pose de tio.
O tio, tem pose de irmão.
A prima, a cara da avó.
Dois, além do irmão,
"Ser criança é muito bom."
Orgulho.
Felicidade.
Coisa de gente.
Gente grande.
(no dia seguinte, a moça avisou que esse dia 25 era o dia fora do calendário. Dia da criatividade. Abençoado.)
Marcadores: rimou?
How Bizarre
Pode ser puro preconceito, em seu sentido mais puro e menos pejorativo. Mas será um preconceito generalizado. Decadência genaralizada. Cabelos loiros? Sim. Amarelo é loiro. Ideiais importados. Sim. Mesmo para as peles enegrecidas. Tudo sustentando pelo trinômio: Cigarro, bebida e imagem. Se bem que os dois primeiros estão presentes para flexibilizar a percepção do terceiro. Enfim, estão aí pra venda. Alguns detalhes (importantes) não importam. O que faz a gente ser feliz de verdade, não importa. O que faz a gente ser autêntico então, está longe.
Quero voltar. Quero ir para Cabo Frio andar de bicicleta nas ruas de terra. Como é bom ser criança.
Nozes e úisque (ou Tudo que é bom tem pão de ló)
"Cada camada leva 8 ovos, 8 colheres de farinha peneirada, 8 colheres de acucar peneirado. Bate as claras en neve, depois junta aos poucos as gemas e o acucar, mexendo com colher de pau. Para de bater e adiciona a farinha com uma peneira, mexendo com a colher de pau. Assar em taboleiro untado e polvilhado (bem)."
O bolo de nozes de Tia Angeliete não podia ser muito difetente, ainda mais que ela disse que era "facíllimo". Só troca a farinha por nozes e farinha de rosca:
"6 ovos batidos em neve, separadamente as claras, depois as gemas, depois 259 g de açúcar peneirado, 300 g de nozes batidas no liquidificador e por último 1 colher de sopa de farinha de rosca". Eu usei 3 colheres de sopa de farinha de rosca e como achei que faltava uma cachacinha que combinasse com nozes, usei úisque. As dicas de um site me influenciaram na quantidade de farinha e no uso da cachaça...
Fiz a massa em duas fornadas. Assim recheei com geléia de damasco. Da próxima vez eu mesmo vou fazer a geléia, menos doce e mais azeda, pra quebrar com a quantidade cavalar de açúcar... Enfim, como a geléia ja tava pronta, eu espremi meio limão junto com o doce de damasco... Ficou bom...
A cobertura é com baba de moça. Não recomendo... Melhor comprar pronta, basicamente poruqe o tal de ponto de fio é um mistério pra qualquer ser humano normal. Na primeira tentiva cheguei ao ponto de areia... Não me fiz de rogado e acrescentei água pra salvar a gororoba... Deu certo, não fosse o excesso de calor na mistura com as gemas, que fez o molho talhar...
Então vamos seguindo a receita de Tia Angeliete, juntando os cravos sugeridos no site:
Baba de moça:
-6 gemas,
-1 vidro de leite de côco,
-500 g de açúcar (eu achei muito doce. Na próxima faço com menos,
-1 xícara de água e
-4 cravos.
Põe açúcar com água e cravos no fogo. Quando tiver em ponto de fio, ou seja, começando a fazer calda rala, desliga e tira os cravos. Deixa amornar, e então mistura as gemas devidamente peneiradas e batidas com garfo junto com o leite de côco. Esquenta de novo sem deixar ferver, só pra engrossar um pouco. Se ferver, vai talhar e fica feio. Espalha por cima da torta ja montada e recheada.
Fica ruim não...
Marcadores: cozinha
domingo, junho 15, 2008
Consequentemente
Marcadores: frase feita
quarta-feira, junho 04, 2008
Sem sentido (ou "Take it easy my brother Charles" ou Otimismo ou ainda Merda lapidada - talvez o melhor...)
Não ficarei mais magoado. Estou envolto cascas. Minhas próprias cascas. Duras. Repletas de espinhos. Ásperas, maltratadas pelo tempo. Não há mais brisa, não há mais frio.
Não somente cascas me protegem. A acidez amarga do meu fígado não se esconde mais. A saliva grossa garante sempre o mesmo paladar: insosso. Não sinto mais o gosto das fortes pimentas ou das perfumadas especiarias.
Todo esse bloqueio seria inócuo, não fosse esse muco espesso que escorre do meu nariz. Não sinto mais poeira, pólen ou sentimento. As rosas não perfumam mais meu quarto, "apenas exalam".
Não espero um eco seu! Não quero escutar. A cera densa dos meus ouvidos bloqueiam o frescor do ar. Nada penetra em minha mente. Críticas, resmungos, Bach. Nada!
Minha visão, cansada. Distorcida e pálida. As remelas em meus olhos me protegem e os poemas, não me arrisco mais a ler-lhes. As cores do mar, mal consigo ver.
Mesmo que tirasse os óculos para enxergar, asseguro-lhe que nada mais iria me impressionar. Nada novo iria ver. Muitas lágrimas já derramei. Muito choro já escutei. Muito frio e fome já passei. Muita poeira já cheirei. Muito amargo já provei. Não quero me impressionar.
Não quero mais.
É amigo. Não posso mais.
Marcadores: rimou?
sexta-feira, maio 30, 2008
Arequipa, Arequipa. Sale a Areqipa (ou "De olhos fechados pra vida real")
"Arequipa, Arequipa. Sale a Arequipa!". Não. Nós não tinhamos cara de que queríamos ir até Arequipa. A verdade é que provavelmente a única cidade próxima que justificaria a utilização de um ônibus de grande porte era Arequipa, e por isso todos os "representantes comerciais" daqueles "conglomerados de transporte" não paravam de gritar isso o tempo todo, como que querendo atraír as moscas para suas teias. Aos outros destinos se chegava com as temerárias vans. O ônibus veio chegando e, para nosso alívio, não combinava com a simplicidade das "agências", entre aspas porque não me sinto confortável para chamá-las de agências. O ônibus, dois andares e suspensão a ar, era de fabricação brasileira. Tudo naquele lugar era importado. Tudo. Exceto a profusão de barraquinhas de vendedores de rua que tinham que ser apressadamente retiradas da frente do veículo quando esse roncava o motor pedindo para penetrar nas entranhas da cidade pobre. Os ambulantes entravam e saíam do ônibus tentando vender todo tipo de iguarias: de remédios à pratos de comida típica para ser comida com as mãos.
Mas lentamente tudo isso foi sendo deixado pra trás. Fumaça de óleo diesel jogada no ar e o ônibus contornando prudente e lentamente as curvas finas que serpenteavam o deserto. 160 Km percorridos em quase 5 horas. Nem tudo foi tão tranquilo: na terceira e última parada em barreiras policiais encontraram pó branco em três casacos que um comerciante tentava atravessar desapercebidamente para a cidade grande. Briga, gritos, choro e 40 minutos com o ônibus parado.
Ao chegar em Arequipa pudemos ver que a natureza não precisa do homem. Os subúrbios de uma cidade grande em um país mais pobre que o nosso não são, obviamente, melhores que os nossos. A pobreza era intensa. O deserto, com sua imponência silenciosa fez falta. As casas de tijolo aparente com ferragens expostas repentinamente povoaram densamente a paísagem e me remeteram à realidade da nossa América Latina. Infelizmente. O terminal, dessa vez um de verdade, até que era bem arrumado. Dez a zero na rodoviária Novo Rio, o que não chega a ser algum mérito, mas dadas as circunstâncias... O banheiro que era bizarro: Misto, mas com mictório do lado da pia, ou seja, privacidade zero. E o cheiro era indiscritível. Prefiro esquecer.
Mas no fim das contas essa injeção de realidade me fez muito bem. Olhar com olhos realistas é importante, pelo menos para mim. Participar é melhor ainda. Me tirou um pouco da culpa de estar apenas visitando a pobreza da janelinha do ônibus de turismo, de estar tendo a miséria como atração, tornando-se apenas mais uma constatação.
sábado, maio 17, 2008
Apenas uma vez
Marcadores: projeções
segunda-feira, maio 05, 2008
Assassinaram o Camarão
Depois é moleza. Yogurte no liquidificador com o Hondashi (é um caldo de peixe) já disolvido em um pouco de água morna e o curry, que tem que ser dos bons! Refoga os camarões só pra dourar e tira. Aí vem a cebola picadinha. Pode por um pedacinho de nada de dedo de moça, mas com cuidado porque já tem o curry e a pimenta branca... Volta com os camarões e a gororoba do liquidificador. Um pouco de maisena disolvida pode ser necessária pra engrossar. No final, leite de côco. Deve ficar bom com salsa e cebolinha. Talvez um pouco de pimentão.
Pra acompanhar, arroz branco ou arroz de jasmim (feito no chá de jasmim, sem mais nada).
Marcadores: cozinha
sexta-feira, abril 25, 2008
segunda-feira, março 10, 2008
Ilusões
Mas sem nossas ilusões, sem nossas frustrações, fica muito difícil valorizar nossas emoções.
Marcadores: frase feita
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Macho dominante
A idéia é confraternizar, juntar os amigos, falar besteira. Não é comer. Se fosse pra comer era muito mais eficiente juntar o pessoal num daqueles salões grandes, bem barulhentos, com aquela mesa fina e interminável. É. Aquelas mesmo! As que você se senta e só consegue trocar algumas palavras com as caras que porventura se sentaram do seu lado ou na sua frente. Perdão. Já ia me esquecendo. Há também prazerosa interação com o gerente. Na hora de discutir a conta que invariavelmente vem mais alta do que deveria.
Agora, pagar 50 reais pra juntar o 'Cabelinho', o 'Bigorna', o 'Pança' e a 'Esqueleto' para aquele bom papo de sempre de hora de recreio? Muito radical.
A desculpa de que a maioria está casada e com filhos e portanto não se presta para organização desses tipos de evento não pode servir. Tinha que juntar os machos. Isso mesmo. Os machos. Os provedores. Caçadores. Os machos tem que sair para caçar. Para arrumar a subesistência da família. As fêmeas cuidam da toca, da cria. O macho traz a comida. Caça a carne, abate a presa e de forma instintiva dilacera a vítima em pedaços, aguçando sua agressividade natural. No açougue da esquina.
Tempos modernos.
Prioridades (ou Desilusões)
"Pois é. Já eu, prefiro o meio e o fim!"
Marcadores: frase feita
terça-feira, fevereiro 26, 2008
Nada! Nada?
Enfim, não faço nada.
O tempo cuida do resto,
já que nada faço, já que nada fiz."
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Créu!
Após o acesso tranquilo aos degraus de concreto a visão se acalma: O cheiro da grama verde se faz sentir mesmo àquela distância. O verde que te quero verde da grama contrastando com as cores vibrantes de sangue e glória. Não, eu não quero cadeira numerada, vou ficar na arquibancada para sentir mais emoção!