quinta-feira, setembro 30, 2010

Humahuaca (ou lei do mais forte)

A quebrada é impactante. Natureza, cultura e civilização se combinam de tal forma que fica difícil de separar.

Comemos quinua, vimos artesanato em tecido e cerâmica, ruínas pre colombianas, agricultura Inca, musica local, carnaval, poesias, artesanato dado por pobres junto com o endereço do artesão, na confiança de receber algo em troca na caixa postal e muito mais coisas que não se consegue gravar na memória consciente. A impressão é que aqui o mundo ainda é inocente.

A natureza sempre junto, sempre forte: rios secos atravessados por pontes largas, montanhas multicoloridas gritando para sair da terra. Muito forte.

O que marca mais são as semelhanças com os povos do Peru e Bolívia (exceto pela inocência, que para eles deve ter partido depois da dignidade). Era para ser um único país, mas os espanhóis se encarregaram de distribuir destruição para poder aumentar seus lucros. Na natureza é assim mesmo. E o ser humano não me parece ter como escapar desse carma. A lei do mais forte sempre se faz valer. Só nos resta agora descobrir quem o é.