quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Macho dominante

Não acredito. De novo eu não adredito. Mesma história. Patético.

A idéia é confraternizar, juntar os amigos, falar besteira. Não é comer. Se fosse pra comer era muito mais eficiente juntar o pessoal num daqueles salões grandes, bem barulhentos, com aquela mesa fina e interminável. É. Aquelas mesmo! As que você se senta e só consegue trocar algumas palavras com as caras que porventura se sentaram do seu lado ou na sua frente. Perdão. Já ia me esquecendo. Há também prazerosa interação com o gerente. Na hora de discutir a conta que invariavelmente vem mais alta do que deveria.

Agora, pagar 50 reais pra juntar o 'Cabelinho', o 'Bigorna', o 'Pança' e a 'Esqueleto' para aquele bom papo de sempre de hora de recreio? Muito radical.

A desculpa de que a maioria está casada e com filhos e portanto não se presta para organização desses tipos de evento não pode servir. Tinha que juntar os machos. Isso mesmo. Os machos. Os provedores. Caçadores. Os machos tem que sair para caçar. Para arrumar a subesistência da família. As fêmeas cuidam da toca, da cria. O macho traz a comida. Caça a carne, abate a presa e de forma instintiva dilacera a vítima em pedaços, aguçando sua agressividade natural. No açougue da esquina.

Tempos modernos.

Prioridades (ou Desilusões)

"Melhor não... eu tenho meus princípios..."
"Pois é. Já eu, prefiro o meio e o fim!"

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terça-feira, fevereiro 26, 2008

Nada! Nada?

"Tenho medo. O que eu faço?
Enfim, não faço nada.
O tempo cuida do resto,
já que nada faço, já que nada fiz."

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Créu!

Um monte de gente e de carros. Cores vibrantes. Churrasquinho queimando, cerveja rolando. "É dois real!". As proximidades do "templo sagrado" já indicavam a quantidade de "calor humano" atraída pela adrenalina que se aproximava. Não que a Taça Guanabara seja grandes coisas, mas em terra de cego...

Belini, fanfarrão, se contorcia no túmulo de tantas risadas sarcasticas: "Te encontro no Belini! O que? Não... É tranquilo".

A polícia, com a inteligencia que lhe é peculiar, afunilou a entrada para manter a sabedoria popular inabalada em tempos de estatuto do torcedor. Afinal, no trem do dia a dia a voz do povo é a voz de Deus: "Parece até entrada de final no Maracanã". Lata de sardinha é muito piegas. Muito batido.

Depois de encarar metade das roletas com defeito, finalmente o clima começa a ficar bom. Os quarenta reais de entrada não inibiram ninguém. Caixas de som instaladas no final da rampa entoavam doces melodias que seriam repetidas incansavelmente durante os noventa minutos que estavam por vir.

"Na regata ele me mata me maltrata, me arrebata que emoção no coração. Consagrado no gramado sempre amado, o mais cotado nos “Fla-Flus" é o Ai, Jesus."

Após o acesso tranquilo aos degraus de concreto a visão se acalma: O cheiro da grama verde se faz sentir mesmo àquela distância. O verde que te quero verde da grama contrastando com as cores vibrantes de sangue e glória. Não, eu não quero cadeira numerada, vou ficar na arquibancada para sentir mais emoção!

Crianças, ricos, velhos, meninas, briguentos, favelados, animados, desesperados. Democracia é isso aí meu irmão. Todas as correntes. Todos iguais. Em paz. Apesar dos tapas e empurrões que demonstram que futebol no Brasil está longe de ser profissional, estando mais próximo das nossas emotivas e saudosas peladas de colégio, a festa e a alegria se impuseram. Soltei foguetes e bandeiras não é brincadeira ele foi campeão. E ainda dancei o Créu! Créééééééééu!