domingo, janeiro 29, 2012

sutilezas...

O literal tem a tendência de ser analítico, sempre se utilizando das partes, procurando responder às perguntas por que ou como. Por que isto está acontecendo ou como isto funciona? É superficial. Fragmenta as coisas. O literal não é a linguagem do emocional ou da beleza.

A (...) poética utiliza mais adjetivos, é inexata e indireta. Por exemplo, a poesia, a música, dança, a arte ou um sonho, despertam em nós uma percepção mais profunda do que as palavras. No poético, ouvimos com a imaginação, mais do que com o intelecto. São sintéticos, aglutinam as coisas.

A linguagem poética abre uma perspectiva diferente para cada um, mas ao mesmo tempo é universal para todos. Ela responde à pergunta: O que está acontecendo? Uma resposta em perspectiva que nunca se fixa, mas que está sempre se aprofundando. É a linguagem das emoções e da beleza.

Percebemos mais do que entendemos.


(BURNS, folhas 20 e 21)

Marcadores:

sábado, janeiro 21, 2012

Tirando ondinha

Já tentou pegar onda? Então sabe o que eu tô falando. Mar não tem dono. O dono do mar é ele mesmo. Você pode até ver o swell. Pode até ver pra onde tá indo... Mas quem resolve aonde vai, é ele mesmo. Que nem a vida. Claro que a gente tenta direcionar pra onde a gente acha que é bom, mas no fim das contas, não é a gente que escolhe. A gente se adapta. Essa é a arte. Você até entra pelo canal, olha a direção da maré, nada na corrente, mas nao adianta. A onda chega, e se você não tiver consonante, vai remar em vão.

Marcadores: