sábado, agosto 17, 2013

Urbanismo brasileiro.

sexta-feira, agosto 16, 2013

Carcará.

quinta-feira, julho 18, 2013

Rico e complexo.


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sexta-feira, fevereiro 08, 2013

Camarão da ansiedade

Caruru e moqueca.

segunda-feira, dezembro 31, 2012

Here we go again!

Mais  um, de novo...

Mais um instante de eternidade, mais percepção de velocidade.
Do comentário comum, não se tiram muitas qualidades,
Mas sempre sinto essa triste tendência de valorizarmos trivialidades.

Trivialidades especiais, trivialidades pouco banais.
Tentamos inventar, reinventar. Tentamos esquecer, às vezes, apagar.
Mas sempre, os anos insistem em passar rápido.
Mas sempre, não podemos nos esquecer, cada ano é novo.

Por isso repito, mais um de novo,
Não será agora que canso, Feliz ano novo!

terça-feira, novembro 06, 2012

Fantasmas

Hoje eu passei urucum no rosto
Vesti minhas lanças, impregnadas de curari
Cavalguei cem ou duzentos cavalos
Para enfrentar fantasmas
Fantasmas verdadeiramente doloridos
Assustadores e até mesmo insuportáveis
Muitas defesas se armaram, para diminuir as dores
Mas no final do dia, choveu.

(oxalá seja uma chuva úmida fértil e duradoura)

sexta-feira, maio 25, 2012

Marcha

Muitas vezes, cada vez mais, tenho tido a certeza de que precisamos engatar outra marcha. Os verdadeiros desenvolvidos da próxima etapa serão, me arrisco a dizer, aqueles que souberem engatar-lhe no tempo, no tempo compatível, certo.

Invenção?

Inventar o que?
Inventar porque?

A gente tem fome de que?
A gente tem sede de que?

sexta-feira, maio 18, 2012

Our way

So close no matter how far
And what else matters?

Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
And what else matters?

Trust I seek and I don't find in you
Every day there ain't nothing new
Closed mind for a different view
And what else matters?

I do care for what they do
I do care for what they know
I do care for what they say
I do care for what they think
(unfortunally)
But I know, or i don't

domingo, fevereiro 05, 2012

Heaven or hell?

Suffocation waking in a sweat
Scared to fall asleep again
Incase the dream begins again

What a dream when will it end
And will I transcend?

Restless sleep the minds in turmoil
One nightmare ends another fertile
Getting to me so scared to sleep
But scared to wake now, in too deep

It makes me wonder it makes me think

It's not the fear of what's beyond
It's just that I might not respond

Too many things are evident
But wouldn't you like to know
The truth

Where would you end in Heaven or
In Hell?

Help me. Help me to find my true
Self without seeing the future
Save me, save me from torturing
Myself even within my dreams

domingo, janeiro 29, 2012

sutilezas...

O literal tem a tendência de ser analítico, sempre se utilizando das partes, procurando responder às perguntas por que ou como. Por que isto está acontecendo ou como isto funciona? É superficial. Fragmenta as coisas. O literal não é a linguagem do emocional ou da beleza.

A (...) poética utiliza mais adjetivos, é inexata e indireta. Por exemplo, a poesia, a música, dança, a arte ou um sonho, despertam em nós uma percepção mais profunda do que as palavras. No poético, ouvimos com a imaginação, mais do que com o intelecto. São sintéticos, aglutinam as coisas.

A linguagem poética abre uma perspectiva diferente para cada um, mas ao mesmo tempo é universal para todos. Ela responde à pergunta: O que está acontecendo? Uma resposta em perspectiva que nunca se fixa, mas que está sempre se aprofundando. É a linguagem das emoções e da beleza.

Percebemos mais do que entendemos.


(BURNS, folhas 20 e 21)

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sábado, janeiro 21, 2012

Tirando ondinha

Já tentou pegar onda? Então sabe o que eu tô falando. Mar não tem dono. O dono do mar é ele mesmo. Você pode até ver o swell. Pode até ver pra onde tá indo... Mas quem resolve aonde vai, é ele mesmo. Que nem a vida. Claro que a gente tenta direcionar pra onde a gente acha que é bom, mas no fim das contas, não é a gente que escolhe. A gente se adapta. Essa é a arte. Você até entra pelo canal, olha a direção da maré, nada na corrente, mas nao adianta. A onda chega, e se você não tiver consonante, vai remar em vão.

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sábado, dezembro 31, 2011

Todo dia é dia

Dia de olhar e ver com seu próprio olhar
Cada dia novo, trazendo novas e velhas boas novas.
Coisas que nos fazem sentir que estamos vivos a cada dia novo, de novo e de novo, trazendo para o hoje nossa única e pequena experiência de eternidade. No aqui e no agora. Sempre.
Feliz ano novo.

quinta-feira, novembro 17, 2011

Vivendo e aprendendo

Uma coisa eu aprendi: para ser livre ainda falta muito. E é tão muito que não sei se jamais conseguirei chegar a ser.

quinta-feira, julho 28, 2011

Blues, blue ou vice e versa

Living is easy?
"I'm going down, all the way down
I'm on the highway to hell"

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Chronos

Vinte anos? Já? Ah, Nevermind...

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sábado, julho 23, 2011

Back to Future

Já que não da pra mudar o passado, que se mudem ao menos o futuro.

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Tenso

Você sabe que o vôo foi tenso quando os passageiros aplaudem depois que o avião pousou...

terça-feira, julho 19, 2011

Margarina

-Mas não era feliz?
-Não, claro que não!
-Mas todo mundo tá sempre sorrindo...
-Sorriso amarelo, que nem a cor do produto.
-Não é produto, tô te dizendo...
-Produto! Produto!
-É um alimento bom, combate o colesterol....
-Que mané colesterol! É produto. Se fosse bom não tinha anúncio. Ce já viu anúncio de manteiga?
-Lá vem você com seus argumentos exagerados. Daqui a pouco vai falar que suco de laranja não precisa de anúncio de novo...
-E você já sabe quanto a Coca-Cola gasta em marketing, né?
-É isso aí!
-Pois é. É a mesma lógica...
-Mas dessa vez você pegou pesado. O que tem a felicidade daquelas pessoas a ver com isso tudo?
-É a mesma felicidade do facebook....
-Ahahahahah... tu fumou o que? Também quero!
-Sério, me escuta... É uma exacerbação pirotécnica disso tudo!
-Pirotécnica? Era só o que me faltava....
-Escuta, calma...
-To tentando, mas tá dificil.
-Então... Ce já conheceu alguem ao vivo, pessoalmente, e depois foi ver o facebook dessa pessoa?
-Como assim? Claro porra! Tu não é conectado não? Plugged? Wired?
-Pois é. Ao vivo a pessoa tem espinhas, mal humor, olheras... No facebook é todo mundo bonito e feliz.
-Que nem na playboy né? Nenhuma mulé tem celuliete... E elas nem sabem que eu acho sexy!
-Acho que você começou a entender do que eu tô falando... Hoje o marketing é viral...
-Viral? Pra mim viral é gripe porra, ou poha, como queira!
-Pois é, hoje a personalidade é virutal e viral, ou seja, todo mundo inocula sua imagem no inconsciente pessoal de cada um, mas sempre considerando as variações do ID de cada um...
-Pópárá! Fala português e esquece esse seu psicanalês metido a merda!
-Opa opa, respeito!
-Ok, ok, foi mal, peguei pesado, mas vc também pega!
-Então, o que eu queria dizer é que temos que ter em mente a realidade e a sua expressão sob o ponto de vista subjetivo. Hoje é possível, graças à tecnologia, se ter uma vida de margarina de forma particular, peculiar e manipulável em um nível pessoal, mesmo sendo isso a síntese máxima da despersonalização.
-Como diria meu chefe, CARACOLES! Me dá do fumo?
-Você entendeu.... não me faz cara de bobo não...
-Chefia, passa a régua! O amigão aqui bebeu demais. Quanto deu pra cada um?
-Então, posso continuar?
-Desculpa aí, se espirrar saúde...
-Já pensou que hoje todo mundo pode ter a vida da margarina? Todo mundo feliz, rindo, bonito... Basta usar o photoshop...
-Eu não sei usar!
-Por isso que tu ta com essa careca cheia de cabelo branco.
-Obrigado pela parte que me toca... Mas o que tudo isso tem a ver com felicidade afinal?
-O que tem é que a felicidade não é constante nem eterna.
-Quanta filosofia barata...
-E hoje todo mundo tá sempre feliz. Isso faz uma pressão fudida do super ego sobre o ID, aumentando os conflitos, favorecendo os mecanismos de defesa e gerando angústias muito intensas.
-Super ego é aquela parada do Clark Kent e do Superhomem né?
-Isso é alterego... Você entendeu, para de merda.
-Quer dizer que neguinho fica escondendo o que é de verdade e por isso tem que tomar remédio?
-Viu como você entendeu?
-Entendi porra nenhuma. Isso é o que minha tia fala todo o dia e eu achei que caía bem aqui nesse papo de nerd.
-Seja o que for... Não há mais espaço para imperfeição. Não há mais espaço para medo, insegurança, que nem o comercial da margarina.
-E isso é ruim porque cara-pálida?
-É ruim porque a natureza humana não é assim...
-Natureza de cú é rôla! Deixa de ser depressivo. Tá lendo o alemão?
-Nietzsche?
-Alzheimer...
-Não é isso... Voltando ao facebook, as pessoas que você conhece e depois vê no face, ou vice e versa...
-Face? Tu tá muito moderno mermo... tá dando o rabo é? Vice e versa são aquelas pessoas que você conhece primeiro no "the face" e depois conhece ao vivo?
-"The face" não. Face...
-Que seja...
-Então, isso mesmo...
-Pois é, tu ta muito viado mermo...
-Pô, fala sério...
-Viado não, tu é um cara de vanguarda... Nunca conheci uma pessoa primeiro no "The face" e depois pessoalmente...
-Ok, você é um neandertal fora do seu tempo. Mas você notaria...
-Notaria o que? A perfeição que não existe? As vidas perfeitas, os melhores programas, bebida sem ressaca, cantada sem rejeição, sapato sem calo, almoço sem banheiro?
-Me poupe dos detalhes... mas é isso mesmo...
-É... E daí? Vai ver que as novas gerações estão melhor que as nossas?
-Melhor? Você acha mesmo que não tem, como é mesmo, almoco sem banheiro?
-É! Já deve ter remédio pra isso... E vai ver que as novas gerações sabem administrar melhor as velhas frustrações, com mais naturalidade, a ponto de não dar valor para elas, pode ser? Aprenderam uma nova forma de se relacionar e tiram proveito disso? Realizou?
-Falou bonito. Agora vou ter que pensar...
-Tá vendo? Vou pegar um chope e colocar um Ramones e enquanto isso...
-Enqanto isso o que?
-Enquanto isso você escuta The killers e toma um Prozac!

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domingo, julho 10, 2011

Is there anybody out there?

I believe the news today.
I don't belong here.
What the hell I'm doing here?

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quarta-feira, janeiro 19, 2011

Piegas, pero no mucho

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está (...) na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade."

sexta-feira, dezembro 31, 2010

Confortável? (ou viva a cigarra!)

"De uma barrica se fez uma cuíca
De outra barrica um surdo de marcação
Com reco-reco, pandeiro e tamborim
E lindas baianas
O samba ficou assim."


Couro vibrando, cordas cantando. De uma mola, um instrumento. Sorrisos descontraidos contraindo as cordas vocais. Risos, alegria, coisas importantes na vida de qualquer um.

Mas... Pois é. O mundo não é assim. Afinal quem somos sem conforto. Acima de tudo, conforto. Conforto primitivo, físico. Elevador, ar condicionado, carros particulares, telefones celulares. Isso sim é sub-desenvolvimento.

No dia que esporro virar sorriso, que ameaça virar gentileza, ai sim poderemos andar numa direção única.

Por enquanto, o bacana é poder comprar carro de luxo, mesmo que seja usado por apenas uma pessoa. O bacana é trabalhar no fim de semana, sem poder dar um sorriso. O bacana, é ser pessimista e reclamar de tudo, da vida, a todo instante.

Quem samba, é vagabundo. Quem sorri, é bobo, inocente, imaturo.

O mundo, um dia, ainda vai pagar mais aos músicos que aos engenheiros, aos pintores que aos médicos, aos artistas que aos advogados.

Um dia um sorriso vai valer muito.
Um dia um passo vai valer muito.
Um dia iremos perceber que tudo é importante.
Um dia iremos perceber que um não existe sem o outro.
Um dia veremos que os pesos são iguais.

E ai sim poderemos estar falando de desenvolvimento, de sustentabilidade. Ai sim poderemos discutir valores de verdade. Valores humanos de verdade.

Feliz novo ano novo!

"I wouldn't even trust you
I've not got much to give
We're dealing in the limits
And we don't know who with
You may think that I'm out of hand
That I'm naive, I'll understand
On this occasion, it's not true
Look at me, I'm not you.

Just wait till tomorrow
I guess that's what they all say
Just before they fall apart."

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domingo, dezembro 26, 2010

Sol estrelado

"Seja como o sol, nasça todas as manhas, e como as estrelas, brilhe todas as noites."

sexta-feira, outubro 08, 2010

Cavalgando

Insegurança, desconfiança
Firmeza, sensibilidade.

Aos poucos começam a conversar
E em seguida a dançar.

O chão canta, as vezes empoeirado
Em outras bem amassado.

Rédea curta, pés abraçados
Trotes firmes e galopes inesperados.

Conforto, muito gosto, lembranças fortes de alguma forma presentes. Sangue.

De cima de vê tudo. De cima se sente tudo. De repente umas poucas gotas de água amansam a aridez do deserto.

E o caminho continua, sincronizado.


Lagoas brancas, verdes, vermelhas. Flamingos em profusão, raposas locais, vicunhas, gaivotas (!?!?). Montanhas, estrada, pó, muito pó. Frio e calor. Sal, muito sal branco. E, principalmente, altitude, muita altitude... Dor de cabeça, frio por conta do vento. Aprender a dar valor à água, a chuveiro, a privada automática e outros "mimos" da civilização moderna. Novos amigos. No todo, experiência singular. No todo, vale a pena, mas ao uma vez...

domingo, outubro 03, 2010

Cuspir

A terra grita, e cospe! Jatos de vapor. Água fervente quebrando os -11 que faziam de manhã. Cheiro de capeta, vento de congelar. Terra purgando. Montanhas fumegando. Pueblo no vazio, criando lhamas. De mais!

sábado, outubro 02, 2010

Sopra (ou Vale tudo)

Vale da lua, vale de Marte (ou da morte), vulcões, dunas vermelhas e muito, mas muito vento...

sexta-feira, outubro 01, 2010

4800

Dor de cabeça, suor frio... É punk! Fica a observação do excelente serviço da Andesmar. De primeira. Fica a observação do pessoal que mora em cada lugar... Alguns totalmente isolados. Muita raça.

quinta-feira, setembro 30, 2010

Humahuaca (ou lei do mais forte)

A quebrada é impactante. Natureza, cultura e civilização se combinam de tal forma que fica difícil de separar.

Comemos quinua, vimos artesanato em tecido e cerâmica, ruínas pre colombianas, agricultura Inca, musica local, carnaval, poesias, artesanato dado por pobres junto com o endereço do artesão, na confiança de receber algo em troca na caixa postal e muito mais coisas que não se consegue gravar na memória consciente. A impressão é que aqui o mundo ainda é inocente.

A natureza sempre junto, sempre forte: rios secos atravessados por pontes largas, montanhas multicoloridas gritando para sair da terra. Muito forte.

O que marca mais são as semelhanças com os povos do Peru e Bolívia (exceto pela inocência, que para eles deve ter partido depois da dignidade). Era para ser um único país, mas os espanhóis se encarregaram de distribuir destruição para poder aumentar seus lucros. Na natureza é assim mesmo. E o ser humano não me parece ter como escapar desse carma. A lei do mais forte sempre se faz valer. Só nos resta agora descobrir quem o é.

Férias? (ou Relax babe)

Acorda cedo todo dia, que agonia... Cachi é uma cidade colonial. Na minha cabeça pequena, cidade colonial era igual a Parati, Ouro Preto. Só me esqueci que lá a colonização fora espanhola. A cidade tem quatro ruas, uma praça e uma igreja. Não precisa de GPS. Não precisa correr para sair. Até porque o ritmo é o dela, e ninguém vai mudar.

"Amigo Turista: Este pequeño rincón de valle Calchaqui le da la bienvenida deseándole una feliz estadía.
Si el destino guió sus pasos hacia este pueblo, aprovechamos para invitarlo cordialmente a descubrir la poesía escondida en sus viejas casonas y calles, donde el tiepo está dormindo.
Por favor, procure no despertalo..."

Humm...

Humitas e Torrontés... Que vida mansa!

quarta-feira, setembro 29, 2010

Que nada!

Alderon is not in a basment. Alderon é cerca de Angastaco. Montanhas em forma de flechas, cordilheras grenás surgindo sobre planícies verdes circundadas por planaltos brancos. Cenários espaciais. Incrível. Cachi que o diga, pois até aeroporto de ovni tem...

E isso tudo com um corsa Classic 1.4 offroad, com 4 mais malas...


Salta

Depois do vôo mais longo que já peguei (com direito até a orquestra de tango em San Telmo) finalmente chegamos a Salta. Cidade aparentemente sem sal ( trocadilho inevitável) mas com arredores que prometem. De noite, as melhores empanadas que já comi, com direito a um vinho delicioso (Cafayate). "Hoje seguiremos rumo ao desconhecido..."

domingo, setembro 26, 2010

Inerente?

Pois é. Talvez seja realmente muito difícil conviver com os semelhantes. Principalmente sr o semelhante não é alguém conhecido. Isso amedronta, assusta, intimida. Ainda que essa convivência seja casual e temporária. Para alguns, isso chega a ser insuportável. Mas o que nasceu primeiro? O isolamento que temos hoje nos grandes centros ou essa resistência inerente do ser humano? O que assusta mais? A solidão ou a aversão? Vai saber...

domingo, setembro 05, 2010

Preciso me encontrar(?)

"A sinceridade está no que não se diz,
e principalmente no que não se precisa dizer."

sexta-feira, agosto 13, 2010

Imperdível

http://www.levareisuaalma.com/

quinta-feira, agosto 12, 2010

Paz e trabalho

"O que te faz feliz?"
"Essa pergunta é fácil. É o trabalho que tenho que fazer e a paz em minha mente"

domingo, agosto 08, 2010

E agora? Coriander! (ou Qual o ponto? ou Eu preferia a moqueca)

Sábado sempre se tem a chance de pegar aquele peixe fresquinho na feira. O que não se sabe, é exatamente para que.

Mas como o filé de badêjo (ou badéjo?) estava bonito, acabei trazendo junto com uns camarões.

E agora?

Abri na pia, lavei com limão, temperei com o saralho turbinado (amassado de alho, sal, tomilho e sálvia). O camarão foi lavado com limão e temperado com saralho tradicional.

Até aí é moleza. Mas e o que mais? Sem idéia... Pega a caixinha de tempero pra ver se aparece alguma coisa... nada... Lê os nomes... nada... lê mais outros... Coriander... Que diabos é essa sementinha? Vai saber! Esmaga, com pilão, prova, humm... bom. Será que dá onda?

Moi com pimenta branca e lá se vão algumas pitadas por cima do filé.

Foi o tempo de lavar a alface, rúcula e rabanete orgânicos que as moscas começaram a rondar. Peixe = mosca. Mesmo que se esteja na Sibéria. Não tem jeito.

Daí vem a parte difícil. Grelhar o filezão. Frigideira, óleo e azeite. Antes tire do varal toda a roupa que houver e feche a porta da cozinha. Vai por mim...

Óleo quente, peixe borbulhando. Panela queimando... quente demais... baixa o fogo... peixe ensopando... frio demais... vira o peixe... branco demais... nao grelhou direito. Outro filé e a dança se repete. Um dia ainda aprendo...

No óleo que sobrou (tinha muito... um dia aprendo) e na mesma panela, foi a cebola em rodelinha fina. Depois fogo alto: Camarão! Doura de um lado, Doura do outro. Um pouquinho de conhaque (coisa fina mermão!) com fogo alto. Aquela flambada de chamar os bombeiros (Cuidado... inclusive com a coifa) tampa, deixa soltar o suco (coisa de ...) e pronto. Só não pode deixar o camarão ficar demais, porque se não ele emborracha.

Pra acompanhar apelamos para o arroz de ontem, incrementado com castanha de caju picadinha (aquela de por em cima do sorvete) devidamente aquecida (pra ficar crocante).

Pronto! Agora só falta limpar a cozinha toda pra que as moscas parem de entrar...

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sexta-feira, junho 11, 2010

Worldpress - fotos do ano

Se nao tiverem tempo de ir na Caixa, segue o link para a exposição.

sábado, junho 05, 2010

Caos

Foram quatro e não importa foram à queima roupa. Nada importa se foram quatro pelas costas. Nada importa se foi em águas internacionais.

Somos serenos e pacifistas. Tudo é justificável. Da mesma maneira que aquelas bombas de fósforo lançadas naquele bairro residencial. Aquelas de uso é proíbido, que grudam na pele e queimam até os ossos. O inimigo merece. Afinal, eles optaram por morar ali.

Os fins justificam os meios. Se há uma vítma, um coitado, somos nós. Somos eternos perseguidos e portanto podemos fazer o que bem entendermos.

Não é Mr. President? Alguem aí vai discordar???

segunda-feira, maio 31, 2010

Lava

"Solidão é lava que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo

Solidão palavra cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão

Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado"

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sexta-feira, abril 09, 2010

Here comes the sun

"I'm coming out of my cage
And I've been doing just fine
Gotta gotta be down
Because I want it all

Little darling, it's been a long cold lonely winter
And I say it's all right

It started out like this?
Now I'm falling asleep
And she's calling a cab

And she's taking a drag
And my stomach is sick
And it's all in my head

Little darling, I feel that ice is slowly melting

Let me go
And I just can't look it's killing me
And taking control

Jealousy, choking on your alibis
But it's just the price I pay
Destiny is calling me
Open up my eager eyes


'Cause I'm Mr. Brightside

I never
I never
I
never
I never


And I say, it's all right,

always, isn't it?"

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Deliciosamente Leve

Só pelo estado de espírito que se sai do cinema já vale. Poucos filmes fazem sentir assim, com uma certa melancolia boa, com um gosto de "quero mais" de uma certa época de nossas vidas, mesmo que não tenhamos vivido nada daquilo que se passa na tela mas talvez por ter tido a vontade de ter vivido todas aquelas lembranças não vividas daquilo que se gostaria de viver. Simples? O filme era. Simplesmente sofisticado, como os pratos feitos com simples katchup naquela cozinha cheia de ritmo e alma, daquela Soul Kitchen.

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quinta-feira, abril 08, 2010

Infelizmente varreu

"E então uma forte chuva veio e acabou com o trabalho de um ano inteiro. E aos treze anos de idade eu sentia todo o peso do mundo em minhas costas."

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quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Ser

No fundo, é tudo a mesma coisa, o mesmo caldeirão, a mesma mistura. Como sempre, o que diferencia é saber como fazer, saber como encarar, saber como viver. Partilhar compartilhando, não só o material, mas principalmente as dores e alegrias, afinal, todos somos humanamente humanos e é fundamental que nos lembremos disso para continuar a caminhada com felicidade. Talvez aí o carnaval se encaixe. No misturar, conviver e no rebolar. Saber levar, saber como fazer, mesmo sem ter o ideal, buscar, em conjunto e com felicidade, o singelo real. Ó paí, ó!

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sexta-feira, janeiro 29, 2010

Mean old

Here I'm again in this mean old town.

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domingo, janeiro 10, 2010

Natureza

Realmente é demais!

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sábado, janeiro 09, 2010

Promete...

Oito dias e já ta assim. Frenético, cheio de novidades, cheio de renovações, de coisas passando. E toda mudança dá aquele frio na barriga, aquela melancolia da viagem de final de curso onde tocava Ramones no ônibus, da festa de formatura do 3oA. Melancolia boa, na certeza de saber que o que vale a pena continuará valendo a pena e que outras coisas passarão a valer. Agora, o que é impressionante é a velocidade com que as coisas correm. As vezes três diaspodem ser sufucuentes. E sempre fica a angústia comum a toda decisão que é tomada. O que se sabe é que as vezes, de tempos em tempos, é muito importante se sair do sofá, da zona de conforto. E já que o ano tá assim, prometendo, que ao menos se cumpra.

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terça-feira, janeiro 05, 2010

(Não) Vai passar

Passou. Mais uma vez, passou. E eu não queria, como sempre, que tivesse passado. Pois é. Mais um tema recorrente: como notar que o tempo passa? As vezes eu noto. Noto e bate. Forte e sem pena. Mata a família e vai pro cinema. Na maioria do tempo, contudo, o tempo não se revela mantendo minhas ilusões de infinito.

O ano novo, por mais incoerente que possa parecer, não me faz sentir meu mundo sendo vorazmente devorado. Ao contrário. Me dá a impressão que tudo está começando de novo, do zero. Me faz sentir que tudo é possível no meu otimismo inocente. Talvez por isso seja minha festa predileta.

Mas o fato é que a década passou. E passou voando. Lembro claramente as especulações sobre o ano 2000, sobre o milênio que chegava ao fim. E hoje eu reparei que isso tudo que estava logo ali estava na verdade dez anos além desse alí.

Mais uma vez, só nos resta brindar! Feliz ano novo!

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segunda-feira, dezembro 28, 2009

Curtura

Pois é. Nunca tive grandes esperanças de me tornar um leitor abrangente ou crítico de filmes, mas venho anotando os títulos mais bacanas que eu esbarro por aí aqui no blog, na coluninha da direita mesmo (no caso dos livros, são todos mesmo... Seu sei, eu sei. São muito poucos...). O mais legal é que dá pra ter uma noção de como anda o contato com esses itens do mundo capitalista que induzem ao consumo desenfreado de forma inconsquente, blá blá blá, etc. e tal... Mas... Mesmo com toda essa conversa mole para disfarçar, percebi mesmo é que a quantidade dessas doses de cultura em minha prateleira aqui do lado esteve decaindo! Estou em plena recessão. Crise mudial!!! Dois livros em um ano! Fala sério... Talvez seja a hora de rever as regras e começar a incluir as tentativas mal sucedidas... Nesse caso devo incluir o Senhor dos anéis, cujo conteúdo comecei a folhear em 1992?

Outro ponto bacana de ver, nesse caso mais para a sessão cinema, é como recebemos guela a baixo as traduções dos títulos. Alguns são bem bolados e até melhoram o original, pois não temos traduções literais adequadas. Mas chamar Little Manhattan de ABC do Amor já é demais...

Somando tudo, o que eu vejo mesmo é que a qualidade dos textos do blog (tanto linguisticamente como de conteúdo), que nunca foi lá essas coisas, fica abaixo da crítica quando se está lendo pouco. Esse é o caso dessa publicação. E quanto mais eu escrevo, pior fica. Melhor parar enquanto há tempo.

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domingo, dezembro 06, 2009

Fiu, fiu, fiu!!!


Meeeeengo..., fiu fiu fiu,
Meeeeengo..., fiu fiu fiu,

É o Pet, é o Pet, é o Pet,
É o Pet, é o Pet, é o Pet!

Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer!!!

domingo, outubro 04, 2009

Pé na lama

Se eu fosse poeta iria derramar adjetivos funestos para relembrar a cena, mas isso me não traria nada além dos clichés. Clichés indigestos e insolúveis num mundo cansado. Não me sentia mais a vontade naquele local. Essa era a única verdade naquele instante. Tudo se passara diante dos meus olhos. Isso mesmo, diante desses meus pobres olhos amarelos. Amarelados seria mais preciso. Amarelados como os copos de uísque que vinha tomando desde o ocorrido. Não estavam mais escorrendo pelas minhas bochechas enrugadas como antes. Agora apenas apresentavam aquelas pequenas bolhas azúis que apareceram no dia em que mergulhei no rio de platina. Enfim, os clichés sempre me agradaram, mas não os quero mais lembrar nos tempos de hoje. Tantas opções, tantos fatos. Quais nunca seriam repetidos? Quais palavras nunca foram ditas, diria aquele veado metido a poeta pós moderno. O pior é que ele tinha razão e não somente nessa frase tola. Tolo, aliás, tinha sido aquele palerma, que Deus o tenha. Porque estava justamente me pedindo um cigarro, aquele pobre diabo? Aliás, repetindo um aliás - adoro essa advérbio- mais uma vez, seria mais honroso assumir que nada havia se passado diante dos meus olhos amarelados. Seria mais honroso assumir as decisões que eu havia tomado no último mês sem tentar culpar terceiros por elas. Seria mais honroso assumir o engano, se é que fora realmente um engano, mas isso não vem ao caso. Seria... Seria... O que seria daquele pobre diabo agora? Seu corpo provavelmente ainda estava quente, sendo levado pelos amigos e lavado pelas lágrimas de uma mulher loira, gorducha e de cabelos cacheados. Lágrimas de raiva. Lagrimas de dor. Lágrimas na chuva. Que chuva! Meus sapatos enlamaçados ainda estavam nos meus pés sujando parte da cama. Não me importo. A caminhada na terra tinha sido cansativa, mas os últimos trinta minutos sob aquela tempestade tinham me refeito. Não posso dizer o mesmo desse sapato enlamaçado ou do rosto do dono da hospedaria deformado pelo chumbo quente. Mas não me culpo. Ele devia estar num dia ruim mesmo para reclamar daquele jeito só porque eu estava derretendo as botas sobre o tapete de merda que sua bisavó havia tecido. A velha já tinha morrido mesmo, que Deus a tenha. Agora foi ele. O mais difícil de tudo vai ser dormir nesse quarto fedendo a lama misturada com sangue. Ainda bem que não precisarei mais do banheiro até amanhã, pois detesto dividir a banheira com defuntos. Não por estarem mortos e frios, mas porque o sangue talhado gruda em baixo da unha dos dedos dos pés e é muito difícil de tirar sem usar aquela escovinha que o velho Chico me deu. Saudades do velho Chico. Será que ainda está naquele fim de mundo? Ele era feliz fodendo as putas daquele lugar... Os forasteiros que o digam. Bela estratégia se fingir de bêbado... Quantos otários caíram na conversa... O cara é um gênio. Só mesmo ele para falar aquela frase. Apesar de que eu ainda acho que veio do pai da Zuleica. Frase boa. O Chico não ia falar isso. Não tinha sensibilidade para notar que o mundo perdeu a inocência. Sensibilidade ele teve foi pros três tiros no olho direito do sogro. No fim valeu a pena e hoje niguém mais põe em dúvida a autoria da frase. Cabra macho. Libertário, libertino, como devia ser todo homem de bem nesse mundo, qualquer pessoa que se preze e queira notoriedade e respeito, como seu falecido sogro - que Deus o tenha. Sempre transgredindo a ordem. Não sou como ele. Nunca quero ser e nunca vou ser, apesar de admirar. Confesso, sinto inveja. Uma inveja boa, sincera, se é que isso é possível. Possível deve ser. Minha madrinha falava que tudo era possível se eu realmente quisesse - que Deus a tenha. Eu sempre quis um autorama. Hoje estou aqui com esses pés enlamaçados e ainda por cima sem a escovinha. Acho que foi fácil chegar e fazer. As consequências que vêm depois é que são difícies, cruéis. Não deviam haver. Eu não tive escolha, não sou responsável pelo que acontece. Quem mandou ele me pedir a merda do cigarro. Vou parar de fumar. Não quero lembrar. A única coisa que me lembro é que o autorama, eu nunca tive. Ele, eu já não sei.

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quarta-feira, setembro 23, 2009

Mera consequência

Seguindo a linha "isso é importante de verdade", bons momentos recheados dos resgates (esses mesmos em pauta tão frequentemente nas últmas publicações dessa parede pixada) vieram mais uma vez por acaso. Talvez não tão por acaso assim. O cartaz já me passava alguma coisa nesse sentido. Não sei explicar direito o porque. Mas me passou.

Filmaço. Se fosse escolher já encerrava o ano com esse. Tema importante abordado de forma simples, despretensiosa. Muita poesia, fotografia e sonoridade. Obra prima.
A história em sí não tem a menor importância. O importante, como na vida, é como as coisas são encaminhadas ao longo dela. O que acontece ou deixa de acontecer, como na vida, é mera consequência. O carinho, as relações humanas, o amor, a atenção, como na vida, é que fazem as coisas valerem. O se meter no que não é chamado, quando com boa intenção, vale. A vontade, vale. O trabalhar, ajudar, vale. O querer acertar, como vale.
O amor pela vida faz toda a diferença. O saber viver faz toda a diferença. Sorrisos valem. A alegria de viver, por mais piegas e cafona que possa parecer para os intelectuais depressivos, vale. E como vale.
Mesmo que nada possa ser mudado, mesmo que tudo se mantenha, mesmo que o destino esteja fatidicamente traçado, o caminho já é o suficiente. O caminho por sí só já faz valer viver. Mesmo que no final seja preciso dizer Goodbye (e quando não é?).

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Welcome to the jungle

"Psychico spies from China, Little girls from Sweden and lots of dreams of silver. In the Edge of the world, The sun may rise. If not at least it settles!

Pay your surgeon to break the spells... First born, hard core, soft porn, Dream of, Dream of...

Marry me girl, be my very own constellation. Be my teenage bride with a baby inside, buy me the final frontier."

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segunda-feira, setembro 07, 2009

O Importante (ou Feliz, ou Essências, ou Valor, ou o óbvio: Pés no chão)

Café da manhã posto na mesa, cheiro morno do pão passeia no ar,
calda derrama, roupa manchada, vai ser mais motivo de velha risada,
fala vai fácil e vem da cozinha, há sempre argumentos sem reclamação.
Ordem posta na casa, pés pisando no chão.

Dez dedos ariscos na sala, passeiam pelo violão,
uns poucos acertam o ritmo, outros tantos perdem o tom,
cantigas de campo e boas toadas, cirandas, forró, e um velho baião.
Pouca gente reunida, pés pisando no chão.

Voam os primeiros versos, às vezes esquecidos no porão,
papel apagado e memória curta, fazendo frases sem conexão,
mais risadas, chacotas, piadas, ningém leva pela contramão.
Verde viento. Verdes ramas, pés pisando no chão.

Lá fora orvalho, avós e crianças, calças molhadas, sentadas na grama,
jabotiacaba no pé, amoras na terra, sobram goiabas e algumas pitangas,
se faz o silêncio, olhos abertos, voa o canário, "descobrimos o ladrão".
Sorrisos desconcertados, pés pisando no chão.

Pés pisam no chão, pés simples, firmes.
Pés pisam no chão, levam o filho pra escola.
Pés pisam no chão, caminham pela feira molhada.
Pés pisam no chão, "bom dia camarada".

Pés pisam no chão, fazem o próprio caminho. Andam nas mesmas sandálias. Sandálias velhas. Surradas. Firmes. Previamente experimentadas. Seguindo exemplos, trilhas não necessáriamente faladas. Sandálias que aprenderam o que deve ser ensinado. Certamente escorregaram, porém mais firmes ficaram.

Pés pisam no chão. Pés correm pelo chão. Firmes. Pés pisam no chão.

E as asas se abrem para o infinito da vida.

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segunda-feira, agosto 10, 2009

Music, don't stop

quinta-feira, agosto 06, 2009

Waiting patiently

"Wait, wait a minute Mr. Postman
Mr. Postman look and see
If there's a letter in your bag for me
I've been waiting a long, long time
(...)
Oh, there must be some word today
(...)
Please, Mr. Postman look and see
If there's a letter, a letter for me
I've been standing here waiting
Mr. Postman, So patiently
For just a card, a little letter
(...)
So many days you've passed me by
Oh, see the tears running in my eyes
You never stop to make me feel better
By leaving me a card or a letter
Oh, Mr. Postman, oh, look and see
There must be something for me
Oh, it's been too long
You've gotta wait a minute, just wait a minute,
Oh, check it and see just one more time for me..."

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Quer saber?

Pois é, tudo que importa é humano. Seja na arte, seja no concreto, seja em um osso. E como tudo que é humano, tudo tende a alguma coisa. Tudo tem um limiar. Um osso não pode ser o limiar da felicidade de ninguém. A importância das coisas tem que ser razoável, têm que estar em uma escala. Tem que ser racional dentro de toda nossa irracionalidade. Minha mente de engenheiro candidato a psicólogo não permite maiores abstrações. São os limites que me foram impostos.

O que fica disso tudo, é que todos somos humanos, todos erramos e o importante no final das contas é saber como viver. É saber viver. Saber, ou tentar. Aprender, se esforçar.

E quando ficamos sem poder fazer nada, sofrendo, angustiados, o que fazer? Quais perguntas podem ficar sem resposta? O que fica sem solução? Quer saber?...

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Blog

"Eu acho massa. Qualquer forma de expressão é bem vinda. Eu adoro as paredes da internet... Não são privadas vomitadas... não seja pessimista. São paredes pixadas. Paredes. Coisa de adolescente."

sábado, julho 11, 2009

Di-novo

Louisiana


Deep down in Louisiana close the New Orleans
Way back up in the woods among the evergreens
There stood a log cabin made of earth and wood
Where lived a country boy named Johnny B Good
Who never ever learned to read or write so well
But he could play the guitar just like ringin a bell

Go, jonny. Go, go, be good Johnny B. Good!

He used to carry his guitar in a gunny sack
Or sit beneath the tree by the railroad track
Oh an engineer could see him sitting in the shade
Strummin' to the rhythm that the drivers made
People passing by they'd stop and say
Oh my but that little country boy can play

His mother told him some day you will be a man
And you will be the leader of a big old band
Many people coming from miles around
And hear you play your music till the sun goes down
Maybe someday your name gonna be in light
Sayin' Jonny B. Good tonight.

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Memória fotográfica

sábado, maio 02, 2009

Filosofia barata

-Pois é. O homem está condenado a ser livre...
-Não se cansa de ficar parafraseando famosos?
-Claro que não. É única forma que ainda encontro de te impressionar.
-Não me vendo tão baratinho não meu querido. Gosto de originalidade. Qualquer um encontra citações de Nietzsche nos sebos.
-Sartre. Foi na Internet.
-Whatever, aposto que você nem sabe soletrar.
-Dáblio, hagá, á, tê...
-Nietzsche... Nietzsche...
-Não sei falar alemão. Me ensina?
-Você sabe que eu não sei... Mas isso comprovou minha teoria!
-Tudo que sei é que nada sei... Mas em tempos de Google soletrar não é vantagem nenhuma...
-Lá vem você de novo com seu conhecimento barato...
-E você com seus cursinhos pseudo-intelectuais do Parque Lage. São metidos, mas tenho que confessar que te acho mais sexy com eles.
-Não tenho essa pretensão.
-Pois é. Mas voltando às vacas frias, porque você fez aquilo então?
-Já te disse! Não pretendia. Sei lá, minha gama de escolhas era muito vasta! Não sabia como me decidir. Fui meio que forçada.
-"Meio que"... Sei... Escuta: É melhor vencermo-nos a nós mesmos do que ao mundo.
-Ridículo! Ser pernóstico não pertencia ao rol dos seus defeitos. Qual livro do Sartre você está lendo? Que saco!
-Obrigado pelo elogio. Palavras bonitas. Pernóstico, rol. Vou olhar na Internet pra ver o que significa. E é Descartes...
-Que seja! Só sei que não foi culpa minha. Foi tudo armação dele!
-Quando um dedo aponta para frente, outros três apontam de volta para trás...
-Essa é de auto ajuda!
-Mas é boa do mesmo jeito.
-...
-...
-É... Dessa vez você tem razão.
-Sempre.
-Convencido! Outra boa pra isso é: O importante não é aquilo que fazem conosco, mas o que nós fazemos com aquilo que fazem conosco. Essa é de Sartre também...
-Excelente! Profundo! Cursinho de existencialismo humanista é?
-Sim.
-Com aquele professor esquisito?
-Pois é. Aquele velinho. Até conversei com ele sobre isso...
-Ele é baitola. O que ele disse?
-Quanto preconceito babaca... Ele falou uma coisa muito legal. Acho ele muito inteligente... Eu jamais conseguiria pensar daquela forma...
-O que ele disse afinal?
-Que eu não devia condenar, pois não tinha maturidade. Mas falou de uma forma bacana.
-É fácil para um jovem, que não teve tempo de fazer o mal, condenar.
-Como assim? Você tava lá? Como você escutou? Tá me seguindo agora é?
-Não querida, não... Foi a Rainha Clitemnestra. As Moscas, primeiro ato, cena quatro.
-Shakespeare?
-Sartre, de novo.
-Desisto, você venceu! Uma cerveja?
-Só tem chopp. Desce dois. Desce mais. Pede uma porção de batata frita!
-Essa eu sei! Evandro Mesquita, Guto, Barreto e Zeca Mendigo. Blitz!

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Mudanças e andanças

Deixar para trás, para o passado. Levar as coisas boas, as experiências e as lembranças. Mas como diz a minha tia, largar algumas coisas para poder pegar novas. Acrescento: interromper ciclos para nos libertarmos de repetições que nos acompanham por toda nossa vida.

Foi bonito ver, no meio de tanto caos, sorrisos brancos renascendo dentro das paredes amarelas.

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quarta-feira, março 18, 2009

Complexo de Americano

"You wanna be Americano
Americano, Americano
In Paris or Napoli
You wanna be Americano
Americano, Americano
In Japan or Italy

I'd like to spend my cash
I'd like to be first class
I'd like to be on top
And I never gonna stop

I started washing dishes
Now I'm flipping blue chips
I only eat delicious
Always kissing two lips
A true VIP
Tell me what's your price
You wanna sue me?
I will sue you twice!
You can be a movie star in a Cadillac
Who shot the rocket to the moon and back?
Where do you get from the bottom to the top?
And where do you shop nonstop?

I'd like to spend my cash
I'd like to be first class
I'd like to be on top
And I never gonna stop

I'd like to spend my cash
To be first class
I'd like to be on top
I patrol the streets in my AMG Benz
Now come on over, baby
Listen, I set the trends
I got a lot of shares
I multiply my money
I'm asking you who cares
My life is full of money
You can be a movie star in a Cadillac
Who shot the rocket to the moon and back?
Where do you get from the bottom to the top?
And where do you shop nonstop?"

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segunda-feira, março 02, 2009

De bar em bar

"Viver na mesa do bar não é a felicidade de ninguém. Felicidade é criar, construir sua vida, com muito trabalho, gostando do que se faz mesmo que se passem por momentos ruins, para que se colham coisas boas."

Vai na fé tio!

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quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Peixe e barro

Calor, carnaval. Rapaziada chegando, panela esquentando. Panela preta. De barro. Regada com azeite doce. Primeiro as cebolas, depois os tomates bem maduros, depois o pimentão, tudo em rodelas. Só então as postas pousam sobre o forro. Antes, haviam sido banhadas no limão. Limão devidamente descartado, substituído pela pasta alho, sal e pimenta. Uma hora descansando. Voltando à panela, após as postas, outra camada de rodelas. Alguns pedaços de alho cortado grosso. Um pouco de coloral pra dar mais colorido. Um pouco de coentro picado. Quando começa a borbulhar, agora sim, pode ser misturado o leite de coco e o azeite de dendê. Quase no final, mais coentro, salsa e cebolinha. Pra acompanhar, arroz branco, farofa de dendê e pirão, feito da cabeça, louro, alho, cebola, e umas outras ervas que tinham no armário.

A simplicidade é um dos melhores temperos. Fica ruim não... O silêncio não deixa enganar...

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segunda-feira, dezembro 22, 2008

Fim de ano é sempre assim... mas as vezes eh mais assim do que sempre...

Pois é... mais um ano de blog... Quase parei de escrever (para alívio de quem quer que se atreva a ler, que aqui no caso acho que sou só eu mesmo) porém me esforcei e não desisti...

Mas o blog tem se prestado ao que se propunha: uma grande privada toda vomitada...

E isso tudo que eu estou escrevendo agora é apenas para não deixar passar em branco, porque de branco já passo eu na virada do ano, na melhor das festas, no mais marcante feriado do ano, todo ano. No fundo no fundo, tá mesmo sendo é difícil de escrever qualquer coisa mais interessante do que isso, porque não estou "introspectivo" nem bêbado.

Portanto, feliz ano novo, que o ano que vem não sirva apenas para reafirmar a incapacidade individual de realização de ideais de cada um de nós. (tá parecendo uma reza... mas reza só vale depois de tomar muito uísque e champanhe na beira do mar na virada do dia 31).

E um brinde!

É Natal.

Natal chega. Época forte, pelo menos pra galera aqui de casa. Forte, marcante, um misto de triste e feliz, com alta dose de melancolia. Mas no fundo é um sentimento bom. Notícias tristes. É bem verdade. Costumam vir por agora. Mas sempre têm vindo com alta dose de humanidade.

Alta dose de afeto, de carinho, de amor à vida. Vida simples, mas reta. Vida calma, discreta. Vida vivida, dividida. Preste atenção: vida rica.

Vida de quem tem amor por viver, da sabedoria simples que tanto tem feito falta ao mundo nesses tempos modernos. Tão pouco contato, e tanta identificação. Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Ainda bem.

Tudo tem um valor infinito, incomparável. O colchão, para a amiga. A caneca para a fiel escudeira. A prima vai ficar com a mesa da sala. Tudo anotado no pedacinho de papel. Impossível conter o choro. Tudo celebrado. Pronta para partir, apesar de toda a dor. Acho que vai ser bom. Vai ser bom o descanso, melhor ainda o reencontro.

Não tenho dúvidas. Melhor não ter, mas nem sempre dá pra reprimir orvalhos de insegurança.

domingo, dezembro 14, 2008

Percepção alterada

Ar fresco. É controverso, incoerente, mas era o que eu precisava naquele momento. Sentia minha mão ainda trêmula e ávida por tocar a textura macia do papel. Não tive escolha. Tenho que me convencer disso mesmo sabendo que não era a verdade. Sempre temos escolhas. Sempre podemos decidir. Sem fogo, olhei para aquela senhora que estava ali, sentada. Ainda não tinha recuperado minha habilidade para proferir qualquer sinal sonoro. Ela me pareceu extremamente familiar, apesar de eu não ter sido capaz de distinguir suas feições. A troca de olhares foi suficiente para ela. Rapidamente estendeu a mão já com a chama que eu queria. Não agradeci. Mesmo não querendo, eu não podia.

Uma mão se aquecia no bolso e a outra se prendia ao filtro do cigarro. A fumaça agora serpenteava suave pelo ar límpido daquela noite. O inconveniente era o cheiro. Eu deveria saber. Minha mão não se livrara tão ilesa quanto pensei. Era inevitável. Ao aproximar a mão do rosto em cada tragada, mesmo que rápida, o odor característico me remetia àquele momento. Em seguida, para me confortar, o sabor cremoso do tabaco invadia meus pensamentos. Precisava me livrar deles. Olhava o céu entre os prédios, me concentrando para esquecer.

O vento gelado surrava minha pele. Não era normal para o mês de Dezembro sob o Trópico de Capricórnio. Minha mão esquerda não saía de dentro do bolso morno. O casaco surrado era de estimação. Meu pai estava vestindo quando entraram lá na fazenda e, segundo ele, trouxe sorte. Nunca acreditei muito em sorte, mas fato é que nunca foram muito comuns as visitas de João, o matador amigo da família. Talvez no ponto de vista do capataz o casaco tenha trazido azar. Mas é assim mesmo, regra da vida: uns com tanto, outros com tão pouco. Frase dita por ele mesmo enquanto o resto do seu sangue vazava pelo ralo da cozinha. Quem sou eu pra desdizer defunto. Ainda mais defunto de matador. Lembro que ele morreu com um sorriso no rosto por ter salvado a pele do velho. Tudo bem que João nunca soube da gravidez da filha do coronel, mas isso é outra história. Meu pai, aliás, não foi testemunha da cena. Demoramos quase 3 horas para encontrá-lo tremendo e rezando, agachado no fundo da caixa de esgoto. Talvez seja por isso que esse casaco ainda tenha esse cheiro de merda. Memórias a parte, sempre gostei do ar fresco, desde a infância, apesar de não me lembrar muito dela. Principalmente nas noites frias como aquela o ar gelado faz tudo parar. Tudo endurece, exceto o sangue que corre mais fluido. Quando o ar está frio, as estrelas ficam mais nítidas, mais brilhantes. Naquele momento estavam tão brilhantes que mesmo ao fechar os olhos para pensar no que havia se passado elas continuavam marcando a minha retina. Já não sabia ao certo se eram realmente as estrelas ou se era ainda aquele momento fatídico que insistia em se manter vivo em meus olhos. Tudo que sei é que as marcas na retina ainda me acompanhariam por muitos anos. Entre os telhados, esgueirava minha visão a procura de vestígios de lua. Seu branco pálido escorria pelo negro do céu, mas não chegava a se derramar na minha pupila. Talvez fosse o que eu precisava para poder apagar tudo com um clarão, com a famosa cegueira branca que assolava o país. Mas de nada adiantava. Só haviam se passado alguns minutos e o relógio ainda insistia em não girar. Os minutos seguintes sempre são assim. Pena que só me dei conta disso muitos anos mais tarde, no dia em que tive que me deparar com o gordinho da Farani. Minha ansiedade aumentava, principalmente quando percebi que aquele era o último cigarro do meu maço. Naquela vizinhança decrépita não seria simples encontrar algum vendedor de outro pacote de felicidade. Daquela vez eu não poderia simplesmente pagar para apaziguar minha tensão, transformando-na em vapores fúteis para se dissiparem na atmosfera.

Apesar de não esperar que ocorresse tão prontamente, não cheguei a me surpreender com o tapa no ombro. Era inevitável. Mesmo que tivesse me surpreendido, negaria. Não pega bem. Mas o inegável é que nessas ocasiões o tempo, que já fluía lento, parece parar. Uma profusão de impulsos passaram pelo meu sistema nervoso periférico. Meus pelos se arrepiaram. Respiração se alterou. Temperatura corporal aumentou, me fazendo sentir um calafrio. Dava pra sentir a adrenalina viscosa se lançar por minhas artérias. Como é bom se sentir vivo. Acho que esse é o meu vício. Com o hormônio atuando eu era Deus. Percepção alterada. Foi fácil escutar a respiração do meu interlocutor. Dei mais uma tragada e me virei sem tirar o cigarro da boca, dissimulando as proporções que o evento assumira em minha mente. O sujeito estava com um casaco preto, ou alguma cor escura. Não me perguntem sobre cabelo, olhos, cor da pele ou outro traço que não seu bigode amarelado. Melhor assim. A nicotina estava entranhada nos pelos da sua boca e dada a posição e intensidade da mancha não foi difícil deduzir que o sujeito era canhoto, apesar de ter me abordado com a mão direita. A luva grossa que cobria sua mão esquerda quase não aparecia graças à manga casaco, longa demais. O que ele empunhava? Impossível saber. Ele falou qualquer coisa. Não me preocupei em tentar entender. Para ser sincero, já não importava. Eu só conseguia perceber os eventos que queria. Não tirei a mão de dentro do bolso, Percepção alterada, sem dúvidas. Brilho forte, como três relâmpagos seguidos, secos. Silêncio profundo.

Procurei conforto nos olhos da senhora do isqueiro, mas tudo que eu conseguia ver era o céu estrelado. Fiquei assim por um tempo. Enfim consegui fazer uma respiração profunda, que veio com muita fumaça. O cigarro ainda estava entre meus lábios, ligeramente amassado, mas aceso. Sempre. Sentia um calor irradiando. Algo asqueroso escorria por cima de mim. Comecei a sentir os rostos se aproximarem num círculo em volta do circo. As feições estavam paralizadas. Enfim reconheci minha única amiga. Íntima, apesar de desconhecida. A senhora estava pálida. Seu isqueiro, no chão. Cuspi o cigarro. Puxei o ar e fiz força para me desvencilhar daquele corpo caído por cima de mim. Sentei-me. Avaliei o estrago no meu casaco. Dessa vez não teria como remendar novamente o bolso. Bati a terra e me levantei. Vi o maço ainda cheio no chão. Um cigarro estava para fora, provavelmente para que eu acendesse. Consegui demonstrar tranquilidade quando abaixei-me para pegá-lo aos pés do homem de bigode que ainda estava de bruços. Aproximei-me da senhora. Abaixei-me novamente, dessa vez para pegar o isqueiro. Era amarelo, desses baratos que se compra em qualquer banca de jornal ou em botequins de terceira categoria. Devolvi em suas mãos sem fitá-la diretamente nos olhos. Naquela época eu ainda guardava esses traços de pudor. Somente nessa hora ela notou que eu tremia. Sem querer ela tornara-se minha cúmplice. Dessa vez não acendi, mas agradeci. Avancei pelas sombras mesmo sabendo do clichê. Não olhei para trás.

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sábado, dezembro 13, 2008

Sonhar não custa nada ou 'Le Monde Fabuleux' (Les temps sont durs pour les rêveurs..)

"A vida é estranha. Quando você é uma criança, o tempo demora de passar, e então um dia, ele passa e a sua infância toda cabe em uma caixinha enferrujada. (...). Vou visitá-la antes que eu mesmo acabe dentro de uma caixinha."

"Eu não gosto quando nos filmes americanos os motoristas não prestam atenção na estrada."

"- Ela está apaixonada
-Eu nem a conheço!
-Oh, você a conhece.
-Desde quando?
-Desde sempre. Em seus sonhos."

"-Ela gosta de estratagemas, não?
-Sim.
-Ela é um tanto covarde. Por isso que eu tenho dificuldades de desvendar seu olhar."

Sonhar não custa. Encontrar a realidade, como custa. Poesia, alegria, tristeza, bom humor e muita sensibilidade. Tudo isso com um cenário espetacular. Filmaço. Não tem como não gostar.

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segunda-feira, novembro 17, 2008

Mexidão (ou Vinho e Polvo)

O prato combinou combinou com o astral. Ingredientes diferentes. Pouco espaço. Levemente apimentado. Tudo misturado... Mas ainda cabia muito mais... Como varia muito, não tem certo ou errado...

Carnes:

-Frango a passarinho ou coelho (cuidado pra não comprar temperado, que estraga tudo!) - 0.5 Kg,
- Lombinho (da próxima vez eu ponho a tal da Costeleta de porco, como haviam me sugerido... deve ficar mais macio) - 0,5 Kg,
- Camarão médio - 1,5 Kg e grande (um pra cada pessoa)
- Polvo - 1,5 Kg
- Lula - 0,75 Kg,
- Lagosta (opcional),
- Vongoli ou mexilhão (cada vez mais difícil, só presta o congelado e mesmo assim cheire...) - 0,5 Kg,
- Peixe de carne firme (opcional, usei corvina de aprox 1 Kg e recortei o filé),
- Toucinho/Bacon (pouco)

Verdes:

- Pimentão vermelho, amarelo e verde,
- Vagem macarrão - 0,5 Kg,
- Ervilha (1 saco de caroço congelado),
- Alcachofra (usei 3, o coração e as folhas raspadas. Deixou gosto forte).
- Ovo cozido,
- Cebola normal e roxa - 4,
- Alho - uns 2 1/2,
- Tomate (opcional, uns 6 picados),
- Arroz, claro...(uma colher para cada convidado, mais uma sobrinha (uns 15%). Não pode ter muito arroz porque se não parece que está se economizando nos frutos do mar.

As carnes de porco e frango, o polvo, a lula, os camarões, temperados com alho e sal, limão, pimenta do reino.

Dizem que faz toda a diferença a ordem de refogar as carnes... que tem que tomar cuidado na manipulação, que exige muito cuidado... Não fiz nada disso e todos (repito, todos) repetiram pelo menos dois pratos cheios. Como um amigo falou, trata-se de um prato "rústico", seja lá o que isso queira dizer. Acho que quer dizer que não importa muito as frescuras, ele sempre ficará bom...

Passa as carnes antes no óleo para dourar, junto com o toucinho. Pode ser cada ingrediente por sua vez ou juntando alguns, deixando dourar com cuidado para não queimar a panela, pois o ideal é depois preparar a Paella na mesma panela onde refogou os ingredientes. Depois na mesma panela refoga as vagens, a cebola o alho. O pimentão você queima a casca antes ate ficar preta e raspa fora, a moda dos espanhóis. A alcachofra (coração da) frita à milanesa para não ficar preta. Depois de tudo refogado, retira da panela e separa. O macete para refogar é tentar agrupar as carnes por firmeza/tempo de cozimento.

O polvo, tem que ser cozido antes de refogar. Aliás o polvo é um capitulo a parte. Deve ser comprado inteiro sem cortar. Isso é importantíssimo! Lave bem (sempre tem areia). Cozinhe inteiro com uma cebola média. Quando a cebola estiver macia ao garfo, o polvo está pronto. Se cozinhar de menos ou de mais emborracha. Retire, espere esfriar e corte em pedaços grandes.
Depois refogue como disse acima. Polvo bom costuma ter na barraca do Jorge, na feira da Paulo Barreto. Ele é que me explicou que não se pode cortar o polvo antes.

Refoga então o arroz da forma normal, com azeite do bom e cebola. Antes, o arroz foi bastante lavado, até a água sair transparente, e bem escorrido.

Em seguida, vai colocando os ingredientes já refogados um a um. Coloca a água (bastante, o ideal e que não fique seco como um arroz comum, e sim com um pouco de caldo). Essa água foi na verdade o caldo de peixe (cabeça do peixe e cascas do camarão fervidos) junto com o caldo do polvo e com o açafrão (uns 6 pacotinhos). O caldo entra já fervente. Dosa o sal. Arruma os camarões grandes, com tiras dos pimentões vermelhos e rodelas (metades) de ovo cozido) na panela. Salsa e cebolinha picadas. Joga mais azeite por cima. Ah...algumas azeitonas das boas. Tampa e deixa cozinhar em fogo baixo.

Tem que ir provando. Deve tampar mas, deixando uma beira para escapar vapor e não derramar no fogão. Se secar é porque o cozinheiro não entende de Paella, como no meu caso. Bote mais caldo fervente. O arroz e a penultima coisa. A ultima claro, é a agua. Antes ponha todos os ingredientes

Desse jeito aí comeram bem, repetindo, umas 17 pessoas. Só teve uma salada acompanhando, além, é calro, do vinho branco com queijo. O macete de deixar todo mundo com fome antes funcionou de novo...

E cada vez mais me convenço que quem não está ajudando, não pode ver a preparação. O polvo mesmo, coitado, arrancou infinitas caras de nojo quando ainda estava fresco. Depois de cozido, porém... Foi devorado em questão de segundos.

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quinta-feira, novembro 13, 2008

Ego (ou Para onde vamos? ou Até quando?)

Assista em Portugês e se preferir, o original em inglês em: http://www.storyofstuff.com/.

É um pouco longo, mas é indispensável.

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segunda-feira, novembro 03, 2008

Doutor?

-Vai de chope também?
-Sim. Manda dois patrão.
-Ainda bem que dá pra beber tomando essa parada aí.
-Pois é...
-Tá se sentindo melhor?
-Tô... fico um pouco mais ansioso, mas acho que é normal.
-Sei.
-Mas é fraquinho né não? O médico disse que é remedio pra criança, sabia?
-É um remédio antigo. Era muito usado com crianças, mas hoje o panorama no TDAH mudou muito. Dispor de um remédio como a Ritalina é um avanço inegável. Mas o "sossega leão" tem um lado perverso: o dos excessos. Os pais tão acusando as escolas de rotular suas crianças de hiperativas indiscriminadamente, antes mesmo de obter um diagnóstico médico. Pais impacientes andam utilizando também o diagnóstico de hiperatividade como desculpa para entupir seus filhos de remédio e mantê-los, dessa forma, sossegados. Tanto é assim que o medicamento foi batizado de "droga da obediência".
-Obediência? Sinistro... Vê uma porção de pastel de camarão aí meu camarada? Tu come camarão, não come?
-Sabe como age?
-Sei que é no cérebro. Deixa mais ligadão... Nunca mais esqueci o frango no forno ligado e saí pra trabalhar depois...
-Ela atua no lobo frontal.
-É pra quem é agitado né? Dizem que tem neguinho aí moendo pra cheirar... Deve dar mó onda.
-É indicado pra quem tem TDAH. Neurônios noradrenérgicos localizados no córtex pré-frontal estimulariam esta região a processar estímulos relevantes, inibir estímulos irrelevantes e restringir o comportamento hiperativo. Logo, sua disfunção traria dificuldades de atenção e a droga atua justamente equilibrando isso. Seu mecanismo de ação é o estímulo de receptores alfa e beta-adrenérgicos diretamente, ou a liberação de dopamina e noradrenalina dos terminais sinápticos, indiretamente.
-Pô, depois de todos esses anos ainda não sabia que tu era médico.
-Não. É que eu também também uso.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Vai com Deus (ou "The Winners Loses)

-Baixa, baixa!
-Claro, calma...
-Calma o caralho! Vou estorar seus miolos praybói feladaputa!
-Oquei. O que você quer? Quer o carro?
-Não feladaputa. Dá o dinheiro! Todo!
-Toma, leva a carteira...
-Carteira de cú é rola! Só quero o papel praybói!
-Claro, toma. Tem bastante.
-Todo! Todo! Tá surdo feladaputa???
-Já lhe entreguei tudo que tenho, agora deixa eu ir...
-Ir é o caralho! Quero seu telefone!

Mente pensando: Telefone... 2426-7127? Pra que ele quer meu número? Será que ele vai lembrar de mim no dia seguinte? Aiiii... tomara que lembre....

-Vai logo praybói...

Mente pensando: Give me your money or give me your life! You better empty your pockets because ya, ya don't live twice. Nos momentos de tensão normalmente nos lembramos de nossa juventude.

-Ah claro, aqui está meu celular...

Momento de tensão. Talvez meu aparelho esteja "demodê"... Foda-se... seja o que Deus quiser...

-Obrigado irmão. Vai com Deus...
- ...?
- ...

Minutos depois na delegacia, a menos de 500 m.

-Melhor deixar pra lá... As coisas vão e vêm... a vida é uma só... mas não esquenta que eu vou passar um rádio para deixar as viaturas cientes do elemento atuante na região...
- ...!

Quais as nossas responsabildades perante a vida? Em todos os sentidos? A nossa e a dos outros? Todos os outros?

Vista Maravilhosa

- Então é isso?
- Lê direito aí no guia porra...
- Parece que é. Diz que o bar oferece vista panorâmica dessa privilegiada cidade.
- ...
- ...
- Mas diz mesmo aí que a vista é maravilhosa?
- Talvez depois de uns três 'pints'...
- Então bora começar!
- Sabe o que é pior?
- Vou pedir. Tu vai querer também?
- É que deve chegar um monte de brasileiro aqui...
- Quer ou não? Responde ô porra...
- Até carioca mesmo, que tem a vista lá do Corcovado todo dia, e lê no guia e por causa disso sai espalhando que a vista é maravilhosa mesmo...
- Podescrer... Se bobear nego até escreve isso no jornal...
- É... Acho que isso que nego chama de complexo de inferioridade!

quarta-feira, agosto 27, 2008

No hay frontera

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Cru

Pois é...

O Arroz é simples.
Porque nunca acertamos as proporções?

Da próxima vez vou encomendar na vendinha.

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domingo, julho 27, 2008

Avisa a Zel (ou coisa de gente)

Pois é.
Cara de gente.

Já chegou assim.
Cheio de pose,
com cara de gente.
E chegou bem,
resgatando um monte de coisas importantes.

É o primeiro,
não tem cara de joelho.
Nasceu diferente,
tem cara de gente.

Cara de gente é assim:
O pai, tem pose de filho.
O avô, tem pose de tio.
O tio, tem pose de irmão.
A prima, a cara da avó.

Dois, além do irmão,
"Ser criança é muito bom."

Orgulho.
Felicidade.
Coisa de gente.
Gente grande.

(no dia seguinte, a moça avisou que esse dia 25 era o dia fora do calendário. Dia da criatividade. Abençoado.)

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How Bizarre

Mondo Bizarro Pois é. Bizarro mesmo.

Pode ser puro preconceito, em seu sentido mais puro e menos pejorativo. Mas será um preconceito generalizado. Decadência genaralizada. Cabelos loiros? Sim. Amarelo é loiro. Ideiais importados. Sim. Mesmo para as peles enegrecidas. Tudo sustentando pelo trinômio: Cigarro, bebida e imagem. Se bem que os dois primeiros estão presentes para flexibilizar a percepção do terceiro. Enfim, estão aí pra venda. Alguns detalhes (importantes) não importam. O que faz a gente ser feliz de verdade, não importa. O que faz a gente ser autêntico então, está longe.

Quero voltar. Quero ir para Cabo Frio andar de bicicleta nas ruas de terra. Como é bom ser criança.

Nozes e úisque (ou Tudo que é bom tem pão de ló)

Todo bolo gostoso tem como base o pão de ló. Tenha certeza. A receita básica é assim:

"Cada camada leva 8 ovos, 8 colheres de farinha peneirada, 8 colheres de acucar peneirado. Bate as claras en neve, depois junta aos poucos as gemas e o acucar, mexendo com colher de pau. Para de bater e adiciona a farinha com uma peneira, mexendo com a colher de pau. Assar em taboleiro untado e polvilhado (bem)."

O bolo de nozes de Tia Angeliete não podia ser muito difetente, ainda mais que ela disse que era "facíllimo". Só troca a farinha por nozes e farinha de rosca:

"6 ovos batidos em neve, separadamente as claras, depois as gemas, depois 259 g de açúcar peneirado, 300 g de nozes batidas no liquidificador e por último 1 colher de sopa de farinha de rosca". Eu usei 3 colheres de sopa de farinha de rosca e como achei que faltava uma cachacinha que combinasse com nozes, usei úisque. As dicas de um site me influenciaram na quantidade de farinha e no uso da cachaça...

Fiz a massa em duas fornadas. Assim recheei com geléia de damasco. Da próxima vez eu mesmo vou fazer a geléia, menos doce e mais azeda, pra quebrar com a quantidade cavalar de açúcar... Enfim, como a geléia ja tava pronta, eu espremi meio limão junto com o doce de damasco... Ficou bom...

A cobertura é com baba de moça. Não recomendo... Melhor comprar pronta, basicamente poruqe o tal de ponto de fio é um mistério pra qualquer ser humano normal. Na primeira tentiva cheguei ao ponto de areia... Não me fiz de rogado e acrescentei água pra salvar a gororoba... Deu certo, não fosse o excesso de calor na mistura com as gemas, que fez o molho talhar...

Então vamos seguindo a receita de Tia Angeliete, juntando os cravos sugeridos no site:

Baba de moça:
-6 gemas,
-1 vidro de leite de côco,
-500 g de açúcar (eu achei muito doce. Na próxima faço com menos,
-1 xícara de água e
-4 cravos.

Põe açúcar com água e cravos no fogo. Quando tiver em ponto de fio, ou seja, começando a fazer calda rala, desliga e tira os cravos. Deixa amornar, e então mistura as gemas devidamente peneiradas e batidas com garfo junto com o leite de côco. Esquenta de novo sem deixar ferver, só pra engrossar um pouco. Se ferver, vai talhar e fica feio. Espalha por cima da torta ja montada e recheada.

Fica ruim não...

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domingo, junho 15, 2008

Consequentemente

"Em conseqüência, quando uma porta se fecha, infinitas outras se abrem. É a possibilidade da mudança e do crescimento. Nietzsche já dizia que aquilo que não nos mata nos fortalece."

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quarta-feira, junho 04, 2008

Sem sentido (ou "Take it easy my brother Charles" ou Otimismo ou ainda Merda lapidada - talvez o melhor...)

Tranquilize-se.

Não ficarei mais magoado. Estou envolto cascas. Minhas próprias cascas. Duras. Repletas de espinhos. Ásperas, maltratadas pelo tempo. Não há mais brisa, não há mais frio.

Não somente cascas me protegem. A acidez amarga do meu fígado não se esconde mais. A saliva grossa garante sempre o mesmo paladar: insosso. Não sinto mais o gosto das fortes pimentas ou das perfumadas especiarias.

Todo esse bloqueio seria inócuo, não fosse esse muco espesso que escorre do meu nariz. Não sinto mais poeira, pólen ou sentimento. As rosas não perfumam mais meu quarto, "apenas exalam".

Não espero um eco seu! Não quero escutar. A cera densa dos meus ouvidos bloqueiam o frescor do ar. Nada penetra em minha mente. Críticas, resmungos, Bach. Nada!

Minha visão, cansada. Distorcida e pálida. As remelas em meus olhos me protegem e os poemas, não me arrisco mais a ler-lhes. As cores do mar, mal consigo ver.

Mesmo que tirasse os óculos para enxergar, asseguro-lhe que nada mais iria me impressionar. Nada novo iria ver. Muitas lágrimas já derramei. Muito choro já escutei. Muito frio e fome já passei. Muita poeira já cheirei. Muito amargo já provei. Não quero me impressionar.

Não quero mais.
É amigo. Não posso mais.

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sexta-feira, maio 30, 2008

Arequipa, Arequipa. Sale a Areqipa (ou "De olhos fechados pra vida real")

Cidade cinzenta. Cheiro azedo. Sol quente. Ar frio, frio e seco, o que fazia a poeira se diluir no vazio para pousar nas vias respiratórias dos dos transeuntes. Não dava para chamar aquilo de terminal rodoviário. Havia ônibus, mas era somente isso. As lojinhas de cada empresa se acumulavam naquele ponto da cidade sem ter nenhum motivo aparente para isso. Talvez estivessemos próximos da estrada, mas o nosso nervosismo daquele momento não nos permitia prestar atenção nesses detalhes sem importância. O que era importante naquela hora eram nossas malas e o motorista de taxi. Não dava mais pra confiar em ninguém. Já haviamos sido engabelados por demais. Aliás, engabelar era uma das palavras mais repetidas por nós no fim da viagem. O motorista parecia honesto. Estava procurando apenas nos ajudar. Suas expressões faciais nos permitiu fazer uma leitura simples: queria achar um ônibus confortável e seguro para aqueles dois estrangeiros, e queria evitar ser engabelado também. Mas como eu disse, parecia. E nós não queriamos ter que descobrir que ele não o era, portanto olhos abertos e ombros tensos. Inevitável.

"Arequipa, Arequipa. Sale a Arequipa!". Não. Nós não tinhamos cara de que queríamos ir até Arequipa. A verdade é que provavelmente a única cidade próxima que justificaria a utilização de um ônibus de grande porte era Arequipa, e por isso todos os "representantes comerciais" daqueles "conglomerados de transporte" não paravam de gritar isso o tempo todo, como que querendo atraír as moscas para suas teias. Aos outros destinos se chegava com as temerárias vans. O ônibus veio chegando e, para nosso alívio, não combinava com a simplicidade das "agências", entre aspas porque não me sinto confortável para chamá-las de agências. O ônibus, dois andares e suspensão a ar, era de fabricação brasileira. Tudo naquele lugar era importado. Tudo. Exceto a profusão de barraquinhas de vendedores de rua que tinham que ser apressadamente retiradas da frente do veículo quando esse roncava o motor pedindo para penetrar nas entranhas da cidade pobre. Os ambulantes entravam e saíam do ônibus tentando vender todo tipo de iguarias: de remédios à pratos de comida típica para ser comida com as mãos.

Mas lentamente tudo isso foi sendo deixado pra trás. Fumaça de óleo diesel jogada no ar e o ônibus contornando prudente e lentamente as curvas finas que serpenteavam o deserto. 160 Km percorridos em quase 5 horas. Nem tudo foi tão tranquilo: na terceira e última parada em barreiras policiais encontraram pó branco em três casacos que um comerciante tentava atravessar desapercebidamente para a cidade grande. Briga, gritos, choro e 40 minutos com o ônibus parado.

Ao chegar em Arequipa pudemos ver que a natureza não precisa do homem. Os subúrbios de uma cidade grande em um país mais pobre que o nosso não são, obviamente, melhores que os nossos. A pobreza era intensa. O deserto, com sua imponência silenciosa fez falta. As casas de tijolo aparente com ferragens expostas repentinamente povoaram densamente a paísagem e me remeteram à realidade da nossa América Latina. Infelizmente. O terminal, dessa vez um de verdade, até que era bem arrumado. Dez a zero na rodoviária Novo Rio, o que não chega a ser algum mérito, mas dadas as circunstâncias... O banheiro que era bizarro: Misto, mas com mictório do lado da pia, ou seja, privacidade zero. E o cheiro era indiscritível. Prefiro esquecer.

Mas no fim das contas essa injeção de realidade me fez muito bem. Olhar com olhos realistas é importante, pelo menos para mim. Participar é melhor ainda. Me tirou um pouco da culpa de estar apenas visitando a pobreza da janelinha do ônibus de turismo, de estar tendo a miséria como atração, tornando-se apenas mais uma constatação.

sábado, maio 17, 2008

Apenas uma vez

Poderia dizer que os musicais não são meu gênero favorito se fosse politicamente correto. Mas não estou fazendo tanta questão de ser bonzinho não. Detesto musicais. Detesto com todas as forças mesmo. Mas os musicais no estilo documentários, que tratam de música geralmente me satisfazem. Foi assim com Quase famosos, com Buenavista e com outros que não me lembro agora. (Pois é. Quando estou com sono minha memória, que já é pouca, se evapora.) Engraçado. Acho que a minha queda por música é realmente forte. Mais forte que meu ódio escorpiano. (Meio radical, não? Pois é, escorpião.) Mas deixando os insetos de lado e voltando ao cinema, não me pareceu que o filme fale somente de música, mas também de sonhos e realidade. É mais um exemplo de que a dor inspira, e que a instabilidade é importante para a arte... Será?

Enfim, bonito e simples. Um pouco chato no meio, com algumas tremidas de câmera que não escondem o baixo custo da produção, bem verdade, mas com um final muito tocante. Sensível como os tons do violão quebrado do protagonista. Gostei!
O outro que eu vi na sequência eu achei meio forçado. Lembrou tanto o estilo de Buenavista que ficou forçado. Não que o tango não tenha força, dramacidade, história e importância. Ao contrário. Tem tanto que merecia algo mais original, mais forte. Para falar de tango prefiro "Assasination Tango" ou então o cego dançando no outro filme: "hoo-hah".

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segunda-feira, maio 05, 2008

Assassinaram o Camarão

Primeiro o limão só pra ´limpar´. Não caia na tentação e jogue esse primeiro caldo fora depois de descansar alguns minutos. Depois que vem um moído de pimenta branca, gergelim e tudo mais o que mais quiser. Uma cachacinha também cai bem pra marinar o camarão. Alho, louro e gengibre também. Ah! Sal...

Depois é moleza. Yogurte no liquidificador com o Hondashi (é um caldo de peixe) já disolvido em um pouco de água morna e o curry, que tem que ser dos bons! Refoga os camarões só pra dourar e tira. Aí vem a cebola picadinha. Pode por um pedacinho de nada de dedo de moça, mas com cuidado porque já tem o curry e a pimenta branca... Volta com os camarões e a gororoba do liquidificador. Um pouco de maisena disolvida pode ser necessária pra engrossar. No final, leite de côco. Deve ficar bom com salsa e cebolinha. Talvez um pouco de pimentão.

Pra acompanhar, arroz branco ou arroz de jasmim (feito no chá de jasmim, sem mais nada).

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sexta-feira, abril 25, 2008

Engolindo Sapo (ou Saber Viver)

segunda-feira, março 10, 2008

Ilusões

"Nossas frustrações são os frutos de nossas ilusões!"

Mas sem nossas ilusões, sem nossas frustrações, fica muito difícil valorizar nossas emoções.

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quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Macho dominante

Não acredito. De novo eu não adredito. Mesma história. Patético.

A idéia é confraternizar, juntar os amigos, falar besteira. Não é comer. Se fosse pra comer era muito mais eficiente juntar o pessoal num daqueles salões grandes, bem barulhentos, com aquela mesa fina e interminável. É. Aquelas mesmo! As que você se senta e só consegue trocar algumas palavras com as caras que porventura se sentaram do seu lado ou na sua frente. Perdão. Já ia me esquecendo. Há também prazerosa interação com o gerente. Na hora de discutir a conta que invariavelmente vem mais alta do que deveria.

Agora, pagar 50 reais pra juntar o 'Cabelinho', o 'Bigorna', o 'Pança' e a 'Esqueleto' para aquele bom papo de sempre de hora de recreio? Muito radical.

A desculpa de que a maioria está casada e com filhos e portanto não se presta para organização desses tipos de evento não pode servir. Tinha que juntar os machos. Isso mesmo. Os machos. Os provedores. Caçadores. Os machos tem que sair para caçar. Para arrumar a subesistência da família. As fêmeas cuidam da toca, da cria. O macho traz a comida. Caça a carne, abate a presa e de forma instintiva dilacera a vítima em pedaços, aguçando sua agressividade natural. No açougue da esquina.

Tempos modernos.

Prioridades (ou Desilusões)

"Melhor não... eu tenho meus princípios..."
"Pois é. Já eu, prefiro o meio e o fim!"

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terça-feira, fevereiro 26, 2008

Nada! Nada?

"Tenho medo. O que eu faço?
Enfim, não faço nada.
O tempo cuida do resto,
já que nada faço, já que nada fiz."

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Créu!

Um monte de gente e de carros. Cores vibrantes. Churrasquinho queimando, cerveja rolando. "É dois real!". As proximidades do "templo sagrado" já indicavam a quantidade de "calor humano" atraída pela adrenalina que se aproximava. Não que a Taça Guanabara seja grandes coisas, mas em terra de cego...

Belini, fanfarrão, se contorcia no túmulo de tantas risadas sarcasticas: "Te encontro no Belini! O que? Não... É tranquilo".

A polícia, com a inteligencia que lhe é peculiar, afunilou a entrada para manter a sabedoria popular inabalada em tempos de estatuto do torcedor. Afinal, no trem do dia a dia a voz do povo é a voz de Deus: "Parece até entrada de final no Maracanã". Lata de sardinha é muito piegas. Muito batido.

Depois de encarar metade das roletas com defeito, finalmente o clima começa a ficar bom. Os quarenta reais de entrada não inibiram ninguém. Caixas de som instaladas no final da rampa entoavam doces melodias que seriam repetidas incansavelmente durante os noventa minutos que estavam por vir.

"Na regata ele me mata me maltrata, me arrebata que emoção no coração. Consagrado no gramado sempre amado, o mais cotado nos “Fla-Flus" é o Ai, Jesus."

Após o acesso tranquilo aos degraus de concreto a visão se acalma: O cheiro da grama verde se faz sentir mesmo àquela distância. O verde que te quero verde da grama contrastando com as cores vibrantes de sangue e glória. Não, eu não quero cadeira numerada, vou ficar na arquibancada para sentir mais emoção!

Crianças, ricos, velhos, meninas, briguentos, favelados, animados, desesperados. Democracia é isso aí meu irmão. Todas as correntes. Todos iguais. Em paz. Apesar dos tapas e empurrões que demonstram que futebol no Brasil está longe de ser profissional, estando mais próximo das nossas emotivas e saudosas peladas de colégio, a festa e a alegria se impuseram. Soltei foguetes e bandeiras não é brincadeira ele foi campeão. E ainda dancei o Créu! Créééééééééu!