domingo, março 25, 2007

Aha, uhu, o Sassá também é gente!

Ao portal da igreja a cerimonialista resmungava: "Com essas músicas exóticas vai ser difícil diferenciar as entradas".

As músicas às quais ela se referia eu jamais conseguiria chamar de exóticas. Extremo bom gosto, fugindo do lugar comum. Apenas isso. As pessoas estão realmente condicionadas a rejeitar mudanças, mesmo quando positivas... Cerimônia curta. O padre, ecumênico, deixou todos a vontade para "dar uma energia positiva ao casal". A noiva, tensa e feliz, tentava entender o que estava acontecendo.

Ao chegar na festa, tamanho ideal, o noivo tentou fazer bonito. Falou com microfone, porém sem deixar transparecer seu status: Homem engenheiro fala "pra mim fazer"... A noiva deu o troco, descontraída, apagando a tensão do altar.

Mais tarde o noivo iria aparecer mais transparente, ou talvez, mais amarelado, em tom de âmbar do úisque. O buquê, sinceramente, não vi sendo jogado. O que eu pude ver foi um transfigurado personagem aos brados da rima perfeita no grito de guerra: "Aha, uhu, o Sassá também é gente." Campanha para casar um dos quatro restantes.

A música virou aquele "déjà-vu" que só é bom quando se está feliz. Estava bom. Paralamas, RPM reconhecido nos primeiros riffs, Lobão, Blitz. Não tive como não comentar com a loirinha bonita sobre o show da Plebe Rude no Ballroom... Aliás meu "casaco" ficou com um perfume acigarrado após uma utilização mais nobre que apenas a irracionalidade de me fazer suar como um porco indo pro abate (imitações culturais nunca são inteligentes)... Quando tocou Legião, vi um amigo destravando-se. Torci muito para que fosse consistente, mas logo em seguida vi que ele se dobrava a olhares de reprovação... Mas a vida é assim... Cada um sabe como guiar a sua da forma que melhor lhe parece em cada instante...

Algumas ausências esperadas foram profundamente criticadas nos bastidores. Uma conversa negativa e comparativa eu deixei sem eco. Saí andando e peguei mais uma dose. Não tinha nada a ver. Mas com tudo isso concluí que são todos parte de uma grande família. A gente vê, briga, fala mal, sabe os defeitos, mas não vive sem ela... E ai de quem vier falar mal... E ficamos sinceramente felizes ao revê-la, mesmo que seja só para o natal...

Sei que estava "felizão". Talvez tenha sido pelo meu amigo. Talvez tenha sido por reapertar laços. Mas na verdade acho mesmo que foi apenas o efeito do tabaco cubano misturado com o malte escocês...

4 Comments:

Blogger Vitor said...

Meio boiola esse post mas concordo, foi uma festa memorável.

3:12 PM  
Blogger Saulera said...

Quem diria... Lendo o Blog? E ainda com um próprio!!!

5:22 PM  
Anonymous Anônimo said...

Aí filhão, acho muito homosexual essa coisa de blog, mas tava curioso com a festa do Rosa. Foi uma pena realmente não poder ir. E nem posso dizer "fica pra próxima", senão a Valéria me mata!
Valeu, Helinho

10:06 PM  
Blogger Saulera said...

Ter Blog é que nem usar camisa rosa. Tem que se garantir... rs..

9:56 AM  

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